Portugal registou em 2017 um total de 110.187 mortes, menos 0,7% do que no ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados, que indicam como principal causa as doenças do aparelho circulatório.
As doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 32.366 mortes (menos 1,3% do que em 2016) e representaram 29,4% da mortalidade verificada no ano em apreço.
“Nas mortes por doenças relativas ao aparelho circulatório destacaram-se as doenças cerebrovasculares, também designadas por acidentes vasculares cerebrais (AVC), com 11.270 mortes no país, e as relacionadas com a doença isquémica do coração, com 7.314 mortes, em 2017”, lê-se no documento produzido pelo INE.
De acordo com o instituto, o número de anos potenciais de vida perdidos devido às doenças do aparelho circulatório foi de 49.864, mais 4,1% do que em 2016.
“A relação de masculinidade em 2017 foi 82,2 óbitos masculinos por cada 100 femininos, superior à do ano anterior (81,5)”, de acordo com o INE.
As idades médias atingidas foram 83,7 anos para as mulheres e 78 para os homens, idênticas às de 2016.
A segunda causa básica de morte foram os tumores malignos, com 27.503 óbitos em 2017, mais 0,5% face a 2016. Representaram um quarto da mortalidade.
“Em média, os tumores malignos atingiram fatalmente as mulheres ligeiramente mais cedo em 2017 (73,9 anos) do que em 2016 (74,2 anos), enquanto a idade média do óbito se manteve em 72,4 anos no caso dos homens”, refere o INE.
O número de anos potenciais de vida perdidos devido a estes tumores foi de 114.654, mais 3,2% do que em 2016.
Neste parâmetro, destacaram-se os tumores relacionados com a traqueia, brônquios e pulmão, com 4.240 óbitos, cólon, reto e ânus (3.852 óbitos) e estômago (2.311 óbitos).
As doenças do aparelho respiratório estão também entre as principais causas de morte 12.819 óbitos), mas com um resultado inferior ao de 2016 em 4,9% (13.474 óbitos).
No total de óbitos registados no país, 109.758 corresponderam a população residente em território nacional e 429 a residentes no estrangeiro.
Morreram mais homens (55.398) do que mulheres (54.789).
LUSA