De acordo com a informação hoje divulgada pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), “em termos de média anual, em 2018, a taxa de desemprego na RAM foi estimada em 8,8%, -1,6 pontos percentuais (p.p.) que no ano anterior, sendo aquele valor o mais baixo desde 2011 (ano em que se iniciou a série em vigor)”.
“A estimativa da população desempregada fixou-se em cerca de 12,2 mil pessoas, tendo registado um acréscimo homólogo de 2,0% e trimestral de 0,1%. Para esta variável, a média de 2018 foi de 11,9 mil pessoas – valor mínimo da série. Depois de ter atingido um máximo em 2013 (24,0 mil desempregados), a população desempregada tem vindo a diminuir sucessivamente”, conformo os dados publicados no site oficial da DREM.
“A população empregada situou-se em cerca de 125,0 mil pessoas, o que reflete um acréscimo homólogo de 1,7% (+2,1 mil empregados) e um ligeiro decréscimo trimestral de -0,1% (-100 pessoas). Em termos anuais, a população empregada registou uma média de 123,8 milhares, +4,2% que em 2017, constituindo-se aquele valor como o máximo da série disponível.
A taxa de 6,7% no quarto trimestre é inferior em 1,4 pontos percentuais à do trimestre homólogo de 2017, correspondendo à taxa mais baixa da série iniciada no primeiro trimestre de 2011.
De acordo com o INE, a população desempregada, estimada em 349,1 mil pessoas, diminuiu 1,0% (3,6 mil) em relação ao trimestre anterior, retomando os decréscimos trimestrais observados desde o segundo trimestre de 2016 e interrompidos no trimestre anterior.
Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se uma diminuição de 17,3% (72,9 mil).
Já a população empregada – 4 883,0 mil pessoas – diminuiu 0,4% (19,8 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentou 1,6% (78,1 mil) em relação ao homólogo.
A taxa de desemprego dos homens (6,0%) foi inferior à das mulheres (7,3%) em 1,3 pontos percentuais, tendo a primeira diminuído 0,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e a segunda aumentado 0,1 pontos percentuais.
A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 19,9%, menos 0,1 e 3,6 pontos percentuais, respetivamente, que nos trimestres anterior e homólogo.
A proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi 47,8%, menos 2,2 e 6,3 pontos percentuais, respetivamente, que nos trimestres anterior e homólogo.
A taxa de subutilização do trabalho – que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego – manteve-se em 13,1% no quarto trimestre, inalterada face ao trimestre anterior e 2,4 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo de 2017.
No conjunto do ano 2018 a taxa de desemprego foi 7,0%, recuando 1,9 pontos percentuais relativamente a 2017.
A população desempregada foi de 365,9 mil pessoas, diminuindo 20,9% (96,9 mil) em relação ao ano anterior, enquanto a população empregada, 4 866,7 mil pessoas, aumentou 2,3% (110,1 mil).
A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 20,3% em 2018, 3,6 pontos percentuais abaixo do estimado para o ano anterior, tendo a proporção de desempregados de longa duração sido 51,1%, menos 6,4 pontos percentuais do que no ano transato e registando o quarto decréscimo consecutivo após o valor máximo atingido em 2014 (65,5%).
A taxa de subutilização do trabalho foi 13,7% no conjunto do ano, 2,8 pontos percentuais abaixo da do ano anterior, correspondendo ao valor mais baixo da série iniciada em 2011.
Em 2018, dos jovens dos 15 aos 34 anos residentes em Portugal 9,9% não tinham emprego nem estavam a estudar ou em formação (218,2 mil), uma percentagem que diminuiu 1,3 pontos percentuais (33,1 mil) em relação a 2017.
Segundo o INE, os três indicadores Europa 2020 – taxa de emprego dos 20 aos 64 anos, taxa de abandono precoce de educação e formação e taxa de escolaridade do ensino superior – com metas para Portugal de 75%, 10% e 40%, respetivamente, situaram-se nos 75,4%, 11,8% e 33,5% (73,4%, 12,6% e 33,5% em 2017).
Analisando as taxas de desemprego por regiões NUTS II, verifica-se que no quarto trimestre de 2018 a taxa de desemprego foi superior à média nacional em quatro regiões do país: Madeira (8,9%), Açores (8,5%), Algarve (7,8%) e Alentejo (7,7%).
As taxas de desemprego no Norte e na Área Metropolitana de Lisboa igualaram a média nacional (6,7%), tendo a região Centro (5,7%) sido a única abaixo daquele valor.
Em relação ao trimestre anterior, segundo o INE, a taxa de desemprego manteve-se na Madeira, aumentou no Algarve (2,8 pontos percentuais), no Alentejo (1,1 pontos percentuais) e no Centro (0,3 pontos percentuais) e diminuiu nos Açores (0,2 pontos percentuais), na Área Metropolitana de Lisboa (0,4 pontos percentuais) e no Norte (0,5 pontos percentuais).
Em relação ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego diminuiu na região Norte (2,6 pontos percentuais), na Área Metropolitana de Lisboa (1,5 pontos percentuais), no Alentejo (0,7 pontos percentuais) e no Centro (0,2 pontos percentuais), tendo-se mantido na Madeira e aumentado no Algarve e nos Açores (0,5 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente).
No ano de 2018, as taxas de desemprego mais elevadas, e superiores à média nacional, foram observadas em cinco regiões: Madeira (8,8%), Açores (8,6%), Área Metropolitana de Lisboa (7,4%), Norte (7,3%) e Alentejo (7,2%).
Abaixo da média nacional situaram-se as taxas de desemprego do Algarve (6,4%) e do Centro (5,6%).
Em relação a 2017, e à semelhança do observado globalmente para Portugal, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, tendo os dois maiores recuos ocorrido no Norte (2,5 pontos percentuais) e na Área Metropolitana de Lisboa (2,1 pontos percentuais).
Segundo recorda o INE, “a população desempregada e a subutilização do trabalho têm descrito uma trajetória descendente desde o primeiro trimestre de 2013, acumulando até ao momento uma diminuição de 62,3% e de 51,4%, respetivamente (abrangendo 577,7 mil e 756,1 mil pessoas)”.
“Estas reduções refletiram-se igualmente nas taxas correspondentes, passando a taxa de desemprego de 17,5% para 6,7% e a taxa de subutilização do trabalho de 26,4% para 13,1%”, remata.