"Há muito que o Funchal era um destino LGBT, mas à socapa, envergonhado. Agora pode andar de cabeça levantada. Contar com o beneplácito da população e do governo e das organizações LGBT que se vão preparar bem para isso", afirmou.
A Opus Gay, a Rede Ex Aequo e a International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA) assinaram hoje protocolos no âmbito do turismo, inclusão, apoio psicológico e de divulgação das instituições na região.
Algo que o representante da Opus Gay na Madeira, Paulo Spínola, fez questão de relevar, recordando os pedidos de ajuda que tem recebido.
"Temos recebido pedidos de ajuda e de informação por pais que querem compreender e ajudar os filhos LGBT, assim como temos recebido jovens que querem poder viver saudavelmente as suas orientações sexuais", disse.
Dos protocolos assinados, o vice-presidente do governo, Pedro Calado, realçou o "sinal de uma cultura de tolerância" da região, sendo que, no caso particular da associação IGLTA, destacou a importância turística para o destino insular.
"Sendo um destino turístico já reconhecido internacionalmente, como o melhor destino insular do mundo e da Europa, título que vem conquistando por cinco vezes consecutivas, a Madeira não podia ficar à margem deste pequeno grande passo", afirmou.
Acrescentou que "este é, igualmente, um segmento de turismo de qualidade, que é também aquilo que se pretende para a Madeira, com um nicho de mercado muito elevado, que procura elevados padrões de qualidade, sendo este um aspeto que o turismo tem vindo a trabalhar nos últimos anos".
Na sequência dos protocolos hoje assinados, o líder da IGLTA, dono de uma cadeia hoteleira, já anunciou a construção de um hotel na Madeira, que ficará situado na denominada ‘zona velha’ da cidade do Funchal e terá capacidade para 88 quartos.
C/ LUSA