Ainda de acordo com os dados hoje divulgados pela Direcção Regional de Estatística da Madeira, referentes ao período 2003-2016, o valor mais elevado registou-se em 2008 (0,38%).
Comparativamente às restantes regiões do país, a Madeira, os Açores e o Algarve apresentam rácios relativamente próximos entre si, embora muito afastados da média nacional.
Em 2016, a despesa em investigação e desenvolvimento no PIB em Portugal foi de 1,28%, enquanto o Algarve apresentou uma percentagem de 0,35% e os Açores de 0,30%, inferior em 0,01 p.p. à da Madeira.
A Área Metropolitana de Lisboa (1,60%) e o Norte (1,36%) surgem como as regiões com melhor performance neste indicador.
A proporção de pessoal (equivalente a tempo integral) em I&D na população ativa era, em 2016, de 3,1 em cada mil ativos, representando o segundo valor mais elevado no período 2008-2016, depois do ano de 2008 (3,60‰). Por sua vez, o rácio para os investigadores fixou-se nos 0,22%, percentagem que é só superada pelo valor de 2008 (0,23%).
Em 2016, na RAM, foram contabilizadas 35 unidades de investigação, que empregavam 413 pessoas ao serviço (medidas em tempo integral), sendo que este indicador apresenta um crescimento sucessivo desde 2013. Somente em 2008 foi observado um número de pessoal ao serviço em I&D superior (443,5). A maior parte destes efetivos concentravam-se, em 2016, no ensino superior (50,7%), seguindo-se as empresas (25,6%) e o Estado (22,6%), onde está incluída a também a Administração Pública Regional e a Administração Local. Apenas em 2009, o Estado superou o Ensino Superior como principal setor em termos de pessoal ao serviço com atividades de I&D.
O valor da despesa em I&D rondou, em 2016, os 13,7 milhões de euros, -9,9% que no ano anterior, interrompendo deste modo o crescimento observado nos dois anos imediatamente anteriores.
O Ensino Superior liderou as atividades de I&D na RAM em 2016, também em termos de despesa executada, realizando 54,5% da despesa naquela vertente. A importância do Ensino Superior tem-se acentuado sucessivamente desde 2013, sendo em 2016, mais importante que as Empresas (22,5%) e o Estado (22,2%) agregadas.
No período 2013-2016, o Estado constituiu-se como a principal fonte de financiamento da despesa em I&D na RAM, concentrando cerca de dois terços (66,2%) do total em 2016, seguido das empresas com 22,6%. Em 2016, o financiamento do Estado ultrapassou os 9,0 milhões de euros, -1,8% que em 2015.
Quanto às áreas científicas ou tecnológicas onde foi realizada a despesa na RAM em I&D, entre 2011 e 2016, as ciências sociais e humanas destacaram-se face às outras áreas. Em 2016, a despesa realizada em I&D neste domínio situou-se nos 3,3 milhões de euros, surgindo as ciências de engenharia e tecnologia na segunda posição, com 2,1 milhões de euros, seguidas pelas ciências naturais com 1,7 milhões de euros.
No período 2014-2016, 61,7% das empresas da RAM apresentaram atividades de inovação, que corresponde ao valor mais alto registado desde o triénio 2004-2006. Quanto à intensidade de inovação das empresas da Região – indicador que corresponde à percentagem da despesa total de inovação no volume de negócios das empresas que declararam despesas de inovação – a mesma foi de 1,4% no período 2014-2016, 0,1 p.p. acima do valor de 2012-2014 (1,3%).