Pedro Calado visitou duas empresas regionais no âmbito da iniciativa ‘Empresas com Proximidade’ e foi durante a visita à empresa de panificação Ilhopan que, perante a dificuldade observada pelos donos em contratar mais 15 funcionários, apelou a que sejam aceites as propostas que existem na região.
"Encarem este tipo de oportunidades como sendo grandes oportunidades de emprego", declarou.
Questionado se o subsídio de desemprego pode ser ou não um entrave a este tipo de situações, Pedro Calado respondeu que as pessoas podem estar um pouco acomodadas.
"Acho que é um certo comodismo que as pessoas têm por terem associado a uma outra fonte de rendimento, que é o subsídio de desemprego, outro tipo de rendimentos, paralelamente, e, neste tipo de atividade produtivas, há dificuldades em arranjar pessoas. Mas mesmo assim há pessoas inscritas no centro de emprego", disse.
Ressalvou, no entanto, que existem mecanismos na lei que permitem suspender o subsídio de emprego, mas ainda assim reconheceu ser criticado publicamente por dizer que "existe emprego" e que "as pessoas não os aproveitam".
A Ilhopan é uma empresa que tem tido apoios comunitários para a valorização dos seus recursos humanos, mas ainda com dificuldades em produzir mais devido à falta de mão-de-obra.
"Embora a região, nos últimos seis anos, tenha reduzido o número de desempregados em quase 31,5%, esta empresa precisa de 15 funcionários e continuam a ter dificuldades em arranjar pessoas", disse.
Disse ainda que a empresa tem uma "produção qualificada em termos de manuseamento, com 143 funcionários e que fatura cerca de sete milhões de euros ano".
C/Lusa