O Sporting de Braga venceu esta quarta-feira o Marítimo por 2-0, na 15.ª jornada da I Liga de futebol, num jogo de sentido único que o coloca em segundo lugar, à condição, e agudiza a crise dos madeirenses.
Raul Silva inaugurou o marcador aos oito minutos e Wilson Eduardo fez o segundo cinco minutos depois, sentenciando uma partida em que a equipa da casa foi sempre muito superior a um Marítimo muito débil e em plena espiral negativa.
O Braga vinha de duas goleadas, uma imposta ao Vitória de Setúbal (4-0), para a Taça da Liga, na sexta-feira passada, e outra sofrida, com o Benfica, na jornada anterior (6-2), mas com o regresso aos triunfos no campeonato, os minhotos colocam-se, com mais um jogo, à frente de Sporting e Benfica e a três pontos do líder FC Porto.
Já o Marítimo, somou a 10.ª derrota em 15 jogos no campeonato, não vence há 16 partidas seguidas em todas as competições e está, provisoriamente, nos lugares de despromoção.
Petit, que substituiu Cláudio Braga no final de novembro, fez o sexto jogo no comando técnico dos insulares e o saldo é francamente negativo: cinco derrotas (quatro no campeonato e uma na Taça da Liga) e apenas um empate, fora, para a I Liga.
O primeiro golo da partida surgiu logo aos oito minutos através de um cabeceamento de Raul Silva, após um canto cobrado por Sequeira da direita.
Pouco depois, Wilson Eduardo ‘disparou’ à barra de fora da área, mas, no minuto seguinte, o extremo marcou mesmo, com um remate de primeira, após centro largo de Sequeira, que Aloísio Soares tentou evitar, mas apenas o confirmou.
"Horários indecentes, violência policial, assim querem os estádios em Portugal", escreveram as claques ‘arsenalistas’, que, em protesto, só entraram no estádio por volta dos 30 minutos.
A perder, o Marítimo raramente incomodou o último reduto bracarense e foi mesmo a equipa da casa a estar mais perto de voltar a marcar quando Ricardo Horta obrigou Charles a defesa atenta (34 minutos).
Petit lançou Edgar Costa após o intervalo e Ricardo Valente mais tarde, tentando dar um pendor mais ofensivo à equipa, mas com nulas consequências práticas.
Foi mesmo o Braga a entrar mais forte na segunda parte e Ricardo Horta ameaçou com um remate em arco para boa defesa de Charles (52 minutos), perigo que voltou a rondar a baliza madeirense 15 minutos depois com um centro/remate de Wilson Eduardo que ainda tocou na barra.
O melhor que o Marítimo conseguiu foi um remate de Ricardo Valente já bem dentro da área, após um mau corte de Marcelo Goiano (74 minutos), mas Tiago Sá mostrou-se atento, muito pouco para uma equipa que costuma lutar pelo acesso às provas europeias.
C/ LUSA