O Algarve foi a região portuguesa que mais cresceu em 2017, registando um aumento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5%, impulsionado pelo setor turístico, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados.
Os resultados provisórios das Contas Regionais de 2017 do INE indicam que também apresentaram “aumentos superiores à média do país” as regiões do Alentejo (3,2%), a Região Autónoma da Madeira (3,1%) e a Área Metropolitana de Lisboa (3,0%).
“O Norte, o Centro (ambos com 2,5%) e a Região Autónoma dos Açores (2,4%) registaram crescimentos inferiores à média nacional”, lê-se no documento.
Segundo o INE, os resultados finais de 2016 revelaram que as assimetrias do PIB per capita entre as 25 regiões atingem a sua expressão máxima na comparação do Alentejo Litoral (141,7) com a do Tâmega e Sousa (62,8).
Face a 2015, verificou-se uma diminuição da disparidade regional neste indicador, passando a diferença entre essas duas regiões (Alentejo Litoral e Tâmega e Sousa) de 84,7% para 78,9%.
O crescimento real do PIB do Algarve e da Região Autónoma da Madeira terá sido influenciado “decisivamente”, segundo o INE, pela atividade do ramo do comércio, transportes, alojamento e restauração, que apresenta “grande relevância” nas estruturas produtivas daquelas regiões devido ao turismo, tendo o Valor Acrescentado Bruto (VAB) aumentado 3,8% e 4,4% em volume, respetivamente.
Também a Área Metropolitana de Lisboa “terá beneficiado” da dinâmica turística, com o volume daquele ramo de atividade a aumentar 4,5%.
“O crescimento do PIB do Alentejo foi influenciado pelo desempenho da indústria e energia, em especial pelo ramo da indústria de fabricação de coque e de produtos petrolíferos, atividade com especial importância nesta região”, lê-se no documento.
O INE recorda que, em 2016, o PIB nacional registou um acréscimo nominal de 3,7% e real de 1,9%.
Em termos nominais, o PIB apresentou variações positivas em todas as regiões, com especial relevo no Algarve (7,7%), seguido do Norte (4,4%) e da Região Autónoma da Madeira (3,9%).
A Área Metropolitana de Lisboa (3,3%), a região do Centro e a Região Autónoma dos Açores (ambas com 3,4%) apresentaram aumentos nominais ligeiramente inferiores ao desempenho nacional, enquanto o Alentejo se destacou por apresentar o crescimento nominal menos expressivo (1,5%).
“Em volume, o PIB aumentou em todas as regiões, com exceção do Alentejo, que apresentou um ligeiro decréscimo (-0,3%) devido ao comportamento do VAB do ramo da indústria e energia nesta região (-4,5%).
“O Algarve (4,8%), o Norte (2,7%), a Região Autónoma dos Açores (2,5%) e a Região Autónoma da Madeira (2,2%) registaram crescimentos superiores à média nacional”, refere o INE.
O crescimento verificado no VAB do ramo do comércio, transportes, alojamento e restauração contribuiu para os crescimentos registados quer no Algarve quer nas regiões autónomas, enquanto o crescimento do VAB do ramo da indústria e energia impulsionou o crescimento ocorrido na região Norte.
LUSA