“Acho que são boas datas porque estão em consonância com a sugestão que fizemos ao Presidente da República”, disse Miguel Albuquerque, que está na África do Sul, onde vai participar na Festa da Flor na Província do Free State.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou hoje que as eleições legislativas de 2019 serão em 06 de outubro e as eleições para a Assembleia Regional da Madeira duas semanas antes, dia 22 de setembro.
Quanto às eleições europeias, estão agendadas para 26 de maio.
Em declarações aos jornalistas, Miguel Albuquerque, que é também líder do PSD/Madeira, argumentou que a marcação dos dois atos eleitorais, nacional e regional, cumpriu o “primeiro grande objetivo” estabelecido pelos sociais-democratas na região de separações das duas eleições.
“Isso o senhor Presidente também achou, porque são atos eleitorais com contextos completamente diferentes e é bom que essas eleições tivessem datas diferentes”, disse.
Miguel Albuquerque acrescentou ainda que o dia 22 de setembro “é uma boa data” para as eleições regionais porque “há o início das aulas, as pessoas já voltaram de férias”.
O responsável madeirense disse também que já está habituado a não ter férias no verão porque, desde o tempo que era autarca na Câmara do Funchal, tinha o Dia da Cidade (21 de agosto) e a Festa do Monte (15 de agosto), embora admitindo que este “será um verão atípico com campanha e pré-campanha eleitoral”.
Contudo, acrescentou, é preciso também “levar em linha de conta que as primeiras eleições são as europeias e são muitos importantes, embora sejam desvalorizadas” e irão corresponder “no fundo, a um combate político entre as forças pró-europeias e antieuropeias”.
“Ou seja, neste momento, a União Europeia tem um elefante na chamada loja de loiças, porque tem forças que são pela desintegração da Europa com representação parlamentar e grande representação em inúmeros governos europeu", referiu, insistindo que as europeias constituirão “um momento decisivo para a União Europeia e futura construção da Europa”.
Relativamente à importância das eleições regionais, Miguel Albuquerque sublinhou que vão ser “disputadas num quadro de bipolaridade política das forças que são a favor da autonomia e desenvolvimento da Madeira e as que são a favor do centralismo lisboeta”.
“E, depois, temos as nacionais, onde mais uma vez o combate será entre as forças reformistas que querem que Portugal cresça e seja objeto de reformas estruturais fundamentais e aquelas que continuam a jogar para o lado e a manter aquelas que são as forças mais conservadoras”, ou seja, acrescentou “as forças que “neste momento, estão no Governo e fazem um país de faz de conta, que tem a maior carga fiscal da OCDE de há 30 anos, que não faz as reformas necessárias, faz cativações no investimento público e diz que está tudo bem".
LUSA