A greve de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica regista hoje uma adesão de 85% na Região Autónoma da Madeira, indicou o sindicalista Roberto Silva, vincando que o protesto no arquipélago vai prolongar-se por dez dias.
"Estamos com uma adesão que ronda os 85%, mas há vários serviços a 100%, como a farmácia e a neurofisiologia, e a 90% ao nível das análises clínicas e a cardiopneumologia", explicou o sindicalista, vincando, no entanto, que os serviços mínimos estão garantidos.
O Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) ainda não emitiu qualquer informação sobre os números da paralisação.
Entretanto, cerca de 50 profissionais de Diagnóstico e Terapêutica participaram hoje numa arruada no centro da capital madeirense, no âmbito de uma greve que irá decorrer durante todo o mês de dezembro, em dias intercalados, em defesa da conclusão do processo negocial de revisão e regulamentação das carreiras.
Estes dias de greve, convocada pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, são acompanhados por ações de protesto público e denúncias de atitudes de desinvestimento nas áreas dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica.
"Esta não é uma reivindicação de agora, é uma reivindicação antiga. As nossas carreiras foram revistas em 1999. Em 2016, foi aberto um processo negocial com este Governo, só que não há vontade efetiva de negociação", afirmou Roberto Silva.
Na região autónoma, o setor público emprega cerca de 300 técnicos de diagnóstico e terapêutica, mas as negociações decorrem diretamente com o Governo da República.
Os profissionais exigem que o executivo aceite as propostas dos sindicatos de tabela salarial, que concorde com as regras de transição propostas pelos sindicatos, que incluam a colocação dos trabalhadores nas três novas categorias da carreira revista e o "correto descongelamento das progressões" dos profissionais, independentemente do vínculo laboral.
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica são constituídos por 19 profissões e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, a farmácia, a cardiopneumologia, entre outras, num total de cerca de 10 mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde.
LUSA