O Governo da Madeira vai investir 920 mil euros nos próximos cinco anos para permitir que a Universidade da Madeira lecione mais um ano do ciclo básico de Medicina, o terceiro.
Para o efeito foi assinado hoje um protocolo entre o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) e a academia madeirense, um momento que o titular da pasta do executivo insular classificou de “passo histórico”.
Esta foi a posição veiculada na cerimónia pelo secretário regional da Saúde da Madeira, Pedro Ramos, recordando que o percurso da Universidade da Madeira começou há três décadas e o curso de Medicina iniciou-se no ano letivo de 2004/2005, com 35 alunos.
Uma nota distribuída pela presidência do Governo da Madeira adianta que será inscrita na proposta de Orçamento Regional para 2019 uma verba de 120.000 euros e de 200.000 euros em cada um dos quatro anos seguintes, num esforço financeiro global de 920 mil euros para este efeito.
“Depois, a média subiu para 38/39 alunos e, atualmente, temos 77 estudantes, sendo 38 no 1.º ano e 39 no 2.º e assim vamos continuar”, declarou o governante regional com a tutela da Saúde do arquipélago.
“Este investimento que continua a ser feito na Universidade da Madeira é um retorno para a nossa população a todos os níveis, quer do conhecimento, do sabre, da humanização, ao possibilitar que os alunos possam fazer o 3.º ano na Madeira. E estamos a falar de humanização e a fazer redução de custos”, argumentou Pedro Ramos.
O governante realçou que a Madeira tem “um hospital de fim de linha”, apresentando como únicas lacunas não ter uma unidade de queimados e capacidade para efetuar transplantes.
Contudo, dispõe de um centro de simulação de ponta e tem “capacidade de dar um salto”, permitindo-lhe “crescer e modernizar-se”, numa cooperação com a Universidade da Madeira também na atividade investigacional.
O protocolo hoje celebrado prevê o apoio do Governo Regional a partir de 2019, e durante cinco anos, visando à concretização das condições, nomeadamente em termos de recursos docentes e equipamentos, necessários à viabilização da referida extensão do ciclo básico do curso de Medicina, através dos mecanismos legais necessários.
Este projeto passa pela inscrição na proposta de Orçamento Regional para 2019 de uma verba de 120.000 euros e de 200.000 euros em cada um dos quatro anos seguintes, num esforço financeiro global de 920 mil euros.
No acordo, assegura-se que o SESARAM permitirá que os seus médicos possam colaborar na Universidade da Madeira em regime de acumulação, nos termos legais.
Determina que a universidade poderá utilizar o Centro de Simulação Clínica, no âmbito das suas formações, em moldes a acordar.
O reitor da Universidade da Madeira, José Carmo, perspetivou que, em maio do próximo ano, a academia deverá ter reunidos todos os procedimentos concretizados para submeter o 3.º ano do Mestrado à acreditação por parte da A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.
Também pretende abrir concurso público para contratar mais docentes e reforçar o corpo do ciclo básico do Mestrado Integrado em Medicina e a sua extensão ao 3.º ano.
Por isso, o responsável da universidade garante que o processo de acreditação vai decorrer sem problemas para que seja implementado no próximo ano letivo ou no seguinte.
C/ LUSA