O secretário regional da Agricultura da Madeira, Humberto Vasconcelos, anunciou hoje que o arquipélago quer aumentar o cultivo da anona de sete para 35 hectares nos próximos cinco anos e aumentar em 50% a sua produção.
Aproveitando o regime de incentivos do novo Programa de Desenvolvimento Rural para a Madeira (PRODERAM 2020), o Plano Estratégico para a Produção de Anona, hoje apresentado no Funchal, visa também aumentar a sua exportação para o continente de 60 para 200 toneladas nos próximos 12 anos.
Pretende-se, assim, fazer crescer o rendimento dos agricultores de 18.000 para 20.000 euros/ano por hectare. O aumento da produção em 50%, também nos próximos 12 anos, implica passar das atuais 1.000 toneladas para 1.500.
"Queremos também criar organizações através do agrupamento de produtores para criar organizações que criem escala para, depois, podermos exportar e criar valor ao produto", acrescentou Humberto Vasconcelos.
"É preciso ver que a anona da Madeira tem um período, na altura em que é comercializada, de quase cinco meses de diferença da anona espanhola e isso é importante, porque há aqui um período em que a Espanha não produz anona e nós estamos com essa produção. É bom, porque o valor sobe substancialmente", recordou.
Envolvendo algumas centenas de produtores, a anona é principalmente produzida nos concelhos de Santana, Machico e de Santa Cruz.