Foi há cerca de 140 anos que chegaram os primeiros madeirenses ao Hawai, na altura para trabalhar nas plantações de cana sacarina. Por lá foram ficando e “deixando um legado muito importante em termos de cultura, arquitetura e gastronomia”, refere Paulo Cafôfo.
Estima-se que hoje, cerca de 10% da população havaiana seja lusodescendente.
O Presidente da Câmara Municipal do Funchal afirma que esta visita da delegação de Kauai ao Funchal é “uma homenagem aos antepassados, que tiveram a coragem de atravessar meio mundo para chegar a um arquipélago tão distante”.
Paulo Cafôfo reforçou que muitos madeirenses não têm noção do “significado e do alcance desta relação, mas os exemplos são muitos, a começar pelo sobrenome do Mayor de Kauai, que se chama Bernard Carvalho. Já praticamente não se fala português no Hawai, mas a presença madeirense sente-se nos nomes das ruas, na gastronomia, com o exemplo das malassadas e da carne de vinho e alhos, e naturalmente na cena musical, com a ligação umbilical da braguinha ao ukelele”.
O acordo de amizade assinado hoje é, de acordo com Cafôfo, um “compromisso para reavivar estes laços e é para isso que vamos trabalhar nos próximos dias, desenvolvendo projetos concretos que contribuam para manter vivo este património imaterial que não tem preço”.