A informação foi divulgada hoje pelo Expresso e confirmada à Lusa pelo agora juiz desembargador Ivo Rosa, que explicou que a autorização da consulta dos três inquéritos foi dada na sequência da reclamação hierárquica que apresentou à PGR, quando viu recusado o pedido feito ao Supremo Tribunal de Justiça.
À Lusa, a Procuradoria-Geral da República confirmou que “as reclamações foram apreciadas e atendidas” e, de acordo com o despacho citado hoje pelo Expresso, a PGR entendeu que existe um “manifesto interesse no acesso aos autos”.
O mesmo jornal noticiou em 24 de outubro, com base em informação do próprio Ivo Rosa, que o Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça recusou o acesso do magistrado a três inquéritos-crime em que foi visado e que foram arquivados.
A consulta foi rejeitada pelo mesmo procurador-geral-adjunto que arquivara um inquérito relacionado com suspeitas de corrupção, peculato e branqueamento de capitais, e no qual concluiu que a denúncia original “não tinha qualquer sorte de credibilidade”.
Ivo Rosa foi responsável pela pronúncia (acusação após instrução) da Operação Marquês em 2021, tendo deixado cair uma série de crimes de que o antigo primeiro-ministro José Sócrates (2005-2011) estava acusado pelo Ministério Público.
O juiz, então colocado no Tribunal Central de Instrução Criminal, trabalha desde 2022 no Tribunal da Relação de Lisboa.
O caso foi revelado inicialmente pela CNN/TVI.
Lusa