"Esta situação revela uma usurpação de valores que são da Região, configura um dos maiores atentados à autonomia da Madeira, uma vergonhosa ingerência, um chico espertismo, tratando o povo da Madeira como um povo menor", afirmou o líder do CDS-PP/Madeira.
Rui Barreto reagia, assim, à resolução do Conselho de Ministros, hoje publicada, que considera o novo hospital Projeto de Interesse Comum, mas reduz a comparticipação do Estado de 50% para 30% ao descontar os valores das avaliações feitas ao Hospital Dr. Nélio Mendonça e Hospital dos Marmeleiros, que são património da Região.
"Soubemos hoje que o Governo da República descontou 63,4 milhões de euros que é o valor do Hospital Dr. Nélio Mendonça e 9,6 milhões de euros do Hospital dos Marmeleiros na comparticipação de 50% da construção que tinha assumido com todos os madeirenses", diz Rui Barreto.
Rui Barreto lembrou que António Costa, depois da reunião do Conselho de Ministros de 27 de setembro, informou a comunicação social de que a construção do novo hospital da Madeira teria um financiamento do Estado até 132 milhões de euros, valor que a resolução do Conselho de Ministros hoje publicada no Diário da República baixa para 96,5 milhões de euros, porque inclui como financiamento do Estado o valor dos hospitais Nélio Mendonça e dos Marmeleiros, baixando de 50% para 30% a comparticipação nacional.
"O que quer o primeiro-ministro, António Costa, é obrigar a Região a vender património para construir o novo hospital. É uma situação de total desrespeito do Governo da República para com a Madeira e os madeirenses, uma vergonha que com certeza merecerá o repúdio de todos os madeirenses e uma atitude musculada", conclui.
LUSA