"A partir de sexta-feira, será feito o pagamento da primeira semana dos trabalhadores públicos", declarou Nicolas Maduro.
"Vamos continuar, pelo menos até o mês de novembro, a pagar semanalmente todos os salários", frisou. Até aqui, o salário dos venezuelanos era pago quinzenalmente.
Maduro adiantou que "já no mês de outubro e novembro" serão pagos os subsídios de natal, "repotenciados com o petro", a nova criptomeda venezuelana, que vai permitir fazer "correções imediatas" aos salários e custos.
O chefe de Estado venezuelano acrescentou estarem previstas surpresas, que farão um "natal feliz e em família".
O salário mensal dos venezuelanos tem por base meio petro, o que equivale a 1.800 bolívares soberanos (25 euros à taxa oficial ou 15 à taxa paralela mais baixa) e "vai crescer segundo uma tabela", disse.
A nova modalidade de pagamento dos salários tem por base o programa de recuperação económica governamental que, em agosto, aumentou os salários 35 vezes, e incluiu uma reconversão monetária que eliminou cinco zeros ao bolívar forte (moeda local) para dar lugar ao bolívar soberano.
O pacote de medidas incluiu ainda o aumento de 12% para 16% dos impostos, a afixação de preços máximos de venda ao público, uma desvalorização de 98% da moeda, estando ainda previsto que a gasolina passe a ser vendida localmente a preços internacionais.
Após a reconversão monetária, os preços dos produtos duplicaram.
Apesar dos anúncios, os trabalhadores públicos continuam a reinvindicar salários mais altos, num país que, segundo o Fundo Monetário Internacional, deverá terminar 2018 com uma inflação acumulada de 1.000.000%.
O "cartão da pátria" foi criado no início de 2017 para melhorar a distribuição de alimentos à população através das comissões de abastecimento e produção (CLAP).
LUSA