Considerando o período de janeiro a julho deste ano, a quantidade de emissões chegou a 11.547 carteiras de trabalho, um número que supera o montante de documentos emitidos no ano anterior para todos os estrangeiros no estado de Roraima, de acordo com a mesma informação.
A média mensal dos primeiros sete meses de 2018 foi de 1.649 carteiras para venezuelanos, de acordo com o Ministério do Trabalho.
“O Ministério do Trabalho está a atuar para aumentar o efetivo de servidores na divisão regional do trabalho de Roraima, na Boa Vista. O objetivo é agilizar o fluxo no processo de emissão de carteiras, garantindo o atendimento ao público brasileiro e estrangeiro”, explicou Sérgio Barreto Silva, o coordenador da CIRP (Coordenação de Identificação e Registro Profissional).
O número de vagas para trabalhadores estrangeiros ficou em 2.406 nos meses de abril, maio e junho, menos do que o verificado no trimestre anterior, quando tinham sido abertos 3.452 postos. A maioria das vagas ainda é ocupada por haitianos, que preenchem 1.468 postos, mais da metade do total gerado para imigrantes no país.
Os venezuelanos estão em segundo lugar, com 802 novos postos.
Segundo um relatório trimestral do Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra), as vagas para os imigrantes que trabalham no Brasil são ocupadas, principalmente, nas funções de repositor de linha de produção, auxiliar nos serviços de alimentação, cozinheiro geral, abatedor de gado, vendedor de comércio, talhante, pedreiro e repositor de mercadorias.
Ainda de acordo com o relatório, o terramoto que devastou o Haiti em 2010 foi o ponto de partida para o grande fluxo de entrada de haitianos no Brasil.
Agora, devido à crise que a Venezuela atravessa, há uma grande entrada de venezuelanos no país, o que se reflete no mercado de trabalho.
LUSA