Estes são alguns dos números do Portal da Violência Doméstica, divulgados esta semana pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), que revelam que no início deste ano morreram seis mulheres e um homem em contexto doméstico, mais três do que no último trimestre do ano passado.
No ano passado morreram 22 pessoas às mãos de familiares, companheiros ou ex-companheiros e muitos casos acontecem depois de pedidos de ajuda.
Entre janeiro e março deste ano, a PSP e a GNR registaram 7.056 queixas (mais duas do que no trimestre anterior), mas a CIG sublinha que a realidade poderá ser mais grave, uma vez que os autos mais recentes podem não estar ainda contabilizados.
Nos primeiros meses deste ano, 5.858 vítimas tinham um “botão de pânico”, o sistema que permite alertar as autoridades em caso de perigo iminente.
No início deste ano, havia também 1.289 agressores a quem tinham sido aplicadas medidas de coação, que podem ir desde o pagamento de uma caução, serem obrigados a permanecer em casa, ficarem impedidos de contactar ou estar perto da vítima ou frequentarem programas de reabilitação.
A pulseira eletrónica é também uma das soluções cada vez mais usada, tendo triplicado desde 2019 e sendo aplicada agora a 965 pessoas. Também houve outros 324 casos em que foram aplicadas outras medidas de coação, mas sem pulseira eletrónica.
No início deste ano havia 2.909 pessoas a frequentar programas de reabilitação, outra solução que também tem cada vez mais inscritos desde 2022.
Os números mostram ainda que, dos quase três mil inscritos, apenas 212 estavam presos.