O setor da construção foi o mais afetado, concentrando 24% do total de acidentes e registando o maior aumento absoluto em relação a 2022. Seguiram-se os setores do alojamento e restauração (17,8%) e do comércio e reparação de veículos (12,9%). Em contrapartida, as atividades administrativas e dos serviços de apoio registaram a maior diminuição (-25 acidentes).
A maioria dos acidentes envolveu homens (73,2%) e trabalhadores entre os 35 e os 54 anos (50,8%). Os grupos profissionais mais afetados foram os trabalhadores qualificados da construção e os trabalhadores dos serviços pessoais.
Quanto aos locais dos acidentes, destacam-se os locais de atividade terciária (22,2%), zonas industriais (21,3%) e estaleiros ou obras a céu aberto (19,2%). As principais causas foram movimentos do corpo sujeitos a constrangimentos físicos (29,1%) e esmagamentos contra objetos imóveis (19,9%).
As lesões mais frequentes foram feridas superficiais (48,3%) e entorses ou distensões (39,7%). Em 63% dos casos, as lesões atingiram extremidades superiores ou inferiores.
Em termos de impacto laboral, 133.969 dias de trabalho foram perdidos devido a acidentes. O setor da construção foi o mais afetado, com mais de 36 mil dias perdidos. Em média, cada acidente resultou em 31 dias de ausência, sendo as famílias empregadoras de pessoal doméstico e a agricultura os setores com maiores médias de dias perdidos por acidente.