Os supermercados foram ainda obrigados a baixar os preços para os valores de venda ao público que se registavam em abril.
Em comunicado, a Superintendência para a Defesa dos Direitos Socioeconómicos (Sundde) da Venezuela explica que foram recebidas denúncias telefónicas sobre irregularidades que motivaram uma fiscalização, ainda em curso, nas redes de supermercados Luvebras, Excelsior Gama e Central Madeirense.
As redes de supermercados são suspeitas de terem incorrido em "especulação, modificação de preços, oferta enganadora, entre outros delitos socioeconómicos.
"Estes comércios vendem produtos com margens de lucro acima dos estabelecidos, além de colocarem preços nas prateleiras que não correspondem aos da caixa registadora, razões pelas quais a Sundde, como entidade encarregada de zelar dos direitos em matéria de bens e serviços aplicou uma medida preventiva de ajuste imediato de preços", pode ler-se na nota.
Segundo as autoridades venezuelanas, ao iniciar-se um procedimento sancionatório as empresas têm cinco dias úteis para apresentar os documentos solicitados pelas autoridades.
Na última segunda-feira entrou em vigor, na Venezuela, uma reconversão monetária que eliminou cinco zeros ao bolívar forte e colocou em circulação o bolívar soberano.
Quarta-feira, o Governo venezuelano fixou os preços de venda ao público de 25 produtos básicos alimentares, incluindo produtos que escasseiam no país e que passariam a ter um custo ligeiramente inferior àqueles praticados no mercado negro.
Entretanto estes produtos já subiram de preço entre os vendedores informais.
Em seis dias, a moeda venezuelana perdeu 24,51 vezes o seu valor, segundo dados do Banco Central da Venezuela.
A 17 de agosto, um euro valia 2,85 bolívares soberanos (Bs.S), mas hoje vale 69,87 Bs.S à taxa oficial de câmbio Dicom.
Por outro lado, no mercado paralelo, no mesmo período de tempo, o euro passou de 68,68 Bs.S, para 109,82 Bs.S.
C/ LUSA