O protesto, convocado no sábado pelos partidos da oposição Primeiro Justiça, Vontade Popular e Causa R, visa designadamente a reconversão da moeda e as recentes medidas económicas anunciadas pelo regime.
A oposição pretende ainda "ativar" a população para participar em várias iniciativas contra as novas medidas económicas, cujos pormenores pretende divulgar nos próximos dias.
Com a entrada em vigor do novo plano económico, a Venezuela passa a ter duas novas unidades monetárias, o bolívar soberano e o petro.
O bolívar soberano (Bs.S, ou VES sigla oficial internacional) surge da reconversão anunciada sexta-feira pelo Presidente Nicolás Maduro e elimina cinco zeros ao atual bolívar forte (BSF).
Por outro lado, a cripto moeda venezuelana petro passa a ser de uso contabilístico obrigatório para todas as operações da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA e o setor petrolífero, e cujo valor equivale a 3.600 bolívares soberanos.
A reconversão da moeda faz parte de um contestado novo pacote económico, que o Governo acredita solucionará a crise no país e que passa pelo aumento em 35% do salário mínimo dos venezuelanos e uma subida do IVA de 12% para 16% mas com isenção de produtos e medicamentos essenciais.
As grandes transações financeiras passarão a pagar entre 0 e 2% de imposto sobre o valor das mesmas.
O aumento do salário faz parte do novo "Programa de Recuperação Económica, de Crescimento e Prosperidade" que, segundo o chefe de Estado, estará adaptado à realidade venezuelana e poderá reverter os efeitos da guerra económica nacional e internacional.
Aquando do anúncio do novo plano económico, o Governo assegurou que assumirá, durante 90 dias, o pagamento da diferença do novo salário das indústrias médias e pequenas do país.
O Fundo Monetário Internacional prevê que a Venezuela terminará 2018 com uma inflação anual acumulada de 1.000.000%.
C/ LUSA