O desaconselhamento ou proibição de banhos, mesmo que durante um curto período de tempo, afetou até 15 de agosto 38 praias em Portugal, um valor que representa 6,3% do total das águas balneares, o dobro do ano passado, sublinhou a associação em comunicado.
Apesar de estarem identificadas mais zonas balneares em relação a 2017, existindo atualmente 608 praias, 480 costeiras ou de transição e 128 interiores, e dos problemas serem mesmo assim relativamente diminutos e esporádicos, houve um aumento considerável de perturbações de qualidade da água nas praias portuguesas”, pode ler-se na mesma nota.
Por outro lado, metade destes episódios tiveram lugar em zonas balneares com classificação de Excelente pelo que, ressalva a associação, devem tratar-se “de episódios esporádicos que, no contexto da legislação, até podem não pôr em causa a sua qualidade, mas que devem ter as suas causas devidamente averiguadas”.
A avaliação da ZERO foi realizada a partir dos resultados relativos à qualidade das águas na presente é poça balnear disponibilizados para consulta no Sistema Nacional de Recursos Hídricos, comparando-os com a informação registada em 2017, no mesmo período de tempo.
Para além das interdições motivadas pelo facto de as águas apresentarem níveis excessivos a determinados parâmetros e/ou decretadas pelos Delegados Regionais de Saúde, foram registados outros casos (como um episódio de poluição no rio Lis que afetou a Praia da Vieira na Marinha Grande) e que não estão referidos na informação disponibilizada.
Uma situação que leva a associação a defender “uma melhoria na informação transmitida, apresentando-se todas as situações de interdição e o respetivo motivo”.
Na nota, ressalva-se ainda o facto de “nenhuma das zonas balneares abrangidas por interdição ou pelo desaconselhamento ou proibição a banhos” ser “uma das 44 praias classificadas pela associação como praia ZERO”, ou seja, “zonas balneares onde não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas ao longo das três últimas épocas balneares”.
C/ LUSA