Os Açores, com uma subida de 20,6%, e o Centro, com um crescimento de quase 20%, destacaram-se em número de dormidas em alojamentos turísticos, em 2017, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No documento sobre Turismo de 2017 publicado hoje, o INE assinalou a “evolução globalmente positiva” das dormidas nas regiões, com “realce para os crescimentos registados” nos Açores (+20,6%) e no Centro (+19,9%).
O Algarve continuou a ser o principal destino (30,7% das dormidas totais), seguindo-se a região de Lisboa (25,4%).
Como habitualmente, os meses de verão (julho a setembro) foram os que registaram maior número de dormidas (37,1% do total das dormidas), tendo concentrado 39,5% das dormidas dos residentes e 36,2% das dormidas dos não residentes.
Os alojamentos turísticos nacionais registaram no ano passado um total de 65,8 milhões de dormidas (+10,6%) e 24,1 milhões de hóspedes (+12,9%).
No ano passado, registaram-se mais 4,3 milhões de dormidas na hotelaria face a 2016, das quais 28% foram provenientes de Lisboa (1,2 milhões de dormidas adicionais), 23,8% do Algarve (acréscimo de 1 milhão de dormidas) e 17,4% do Centro (755,7 mil dormidas acrescidas)
O total de dormidas na hotelaria foi de quase 56 milhões (+8,4% em relação a 2016) e as estadas aumentaram em todas as regiões do país, com destaque para o Centro (+16,5%), Açores (+15,8%), mas também para o Alentejo (+15,3%).
Os principais destinos foram o Algarve (33,8% das dormidas totais), Lisboa (24,8%), Madeira (12,9%) e Norte (12,6%).
Na hotelaria, as dormidas do mercado interno desaceleraram ligeiramente em 2017, para um crescimento de 5,4% (+6,3% em 2016), e atingiram 15 milhões, que corresponderam a 26,9% do total. Estes dados traduziram mais 770,1 mil dormidas de residentes.
Todas as regiões registaram aumentos das dormidas de residentes, com realce para os Açores (+18,7%) e Alentejo (+13,4%), mantendo-se o Algarve como principal destino (26,2%).
Quanto a dormidas de estrangeiros na hotelaria, também houve abrandamento na evolução, já que houve uma subida de 9,6% face aos +12,1% em 2016. O acréscimo foi, assim, de 3,6 milhões de dormidas.
As dormidas dos mercados externos superaram 40,7 milhões de e ascenderam a 73,1% do total (72,3% em 2016).
“A evolução das dormidas de não residentes na hotelaria, nas várias regiões, foi globalmente positiva, com realce para o Centro (+31,6%) e Alentejo (+18,8%). O Algarve concentrou 36,6% das dormidas de não residentes na hotelaria, seguindo-se a AM Lisboa (26,8%)”, lê-se.
Em julho de 2017, estavam em atividade 1.758 estabelecimentos hoteleiros, incluindo hotéis, hotéis-apartamentos, pousadas, Quintas da Madeira, apartamentos e aldeamentos turísticos, refletindo um aumento global de 5,3% face a julho de 2016, acima do crescimento de 4,9% verificado no ano anterior.
Todas as regiões aumentaram o número da sua oferta hoteleira, com destaque para Lisboa (+8,6%), Alentejo e Açores (+6,9% em ambas).
O grupo dos 15 principais mercados emissores na hotelaria (Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Países Baixos, Brasil, EUA, Irlanda, Itália, Polónia, Bélgica, Suíça, Suécia, Canadá e Dinamarca) representou 87,1% das dormidas de não residentes (88,5% em 2016).
O Algarve foi o destino preferido dos mercados irlandês (80,6% das dormidas de hóspedes deste país), britânico (65,5%) e dos Países Baixos (60,4%).
As dormidas dos mercados alemão e polaco repartiram-se maioritariamente pelo Algarve (35,8% e 29,6%, respetivamente) e Madeira (32,1% e 27,8%).
Os mercados belga, sueco e canadiano distribuíram-se principalmente pela região de Lisboa (28,1%, 27,7% e 34,8%) e Algarve (31,9%, 34,6% e 31,2%), enquanto o mercado dinamarquês teve como principal destino a Madeira (41,3%).
Os restantes principais mercados apresentaram como primeira escolha Lisboa, com destaque para os residentes no Brasil (57%) e nos EUA (53%).
C/ LUSA