O Presidente do Santa Clara deu ontem entrada no hospital nos Açores e teve baixa por cinco dias.
Rui Cordeiro requereu por isso adiamento da audiência disciplinar, mas o Conselho de Disciplina indeferiu a mesma.
Assim, a audiência disciplinar realizou-se apenas com a testemunha Diogo Boa Alma, vogal do Conselho de Administração do clube açoriano.
O Santa Clara alega que a culpa de Carlos Pinto ser apontado como treinador principal é da imprensa que o qualifica como tal. O clube dos Açores adianta ainda que se existiu alguma infração, “nunca foi comunicado pela Liga ou pelos Diretores Executivos o que significa que estava tudo bem”.
O facto é que, pela primeira vez na história de processos disciplinares, o instrutor da Comissão de Inquéritos não compareceu também à audiência disciplinar.
O Presidente do União da Madeira, Filipe Silva, já comentou a situação e afirma que “este processo começa a ser um verdadeiro caso de polícia e já é tempo do Ministério Público entrar de vez na Liga de Futebol e acabar com esta pouca vergonha”.
Filipe Silva não contém as críticas e diz mesmo que “parece que voltamos aos tempos da velha senhora”.
O Presidente do União da Madeira deixou ainda o apelo para que “alguma vez na vida tenhamos coragem para pôr ordem no futebol profissional”.
O processo disciplinar em causa é relativo à falta de qualificações técnicas do quadro de treinadores apresentada pelo Santa Clara durante a última temporada, que terminou com o regresso do clube ao principal escalão do futebol português.