O cônsul-geral de Angola destacou hoje, no Funchal, o papel das associações de angolanos que operam na Região Autónoma da Madeira em termos de divulgação da cultura e dos valores daquele país, bem como na interligação com o governo.
"Estas associações são atores importantes para o desenvolvimento do nosso trabalho e conseguem materializar muitos dos nossos projetos porque estão bem inseridas na região", disse Narciso do Espírito Santo Júnior, durante a assinatura de um protocolo de cooperação com o Governo Regional da Madeira.
O acordo estabelece os termos e as condições da colaboração institucional entre a região autónoma e o Consulado-Geral da República de Angola em Lisboa, tendo em vista o apoio à comunidade na agilização de procedimentos, emissão de documentos e encaminhamento de processos, com "ganhos de eficiência e eficácia" do serviço prestado aos cidadãos.
A comunidade angolana na região não é expressiva – cerca de 100 pessoas – mas conta com duas associações: a Casa de Angola na Madeira e a ARCO Angolano – Associação de Residentes na Região Autónoma.
Narciso do Espírito Santo Júnior vincou que o objetivo do acordo com o Governo Regional é "a proteção, o apoio e a assistência" aos cidadãos residentes ou de passagem pelo arquipélago, garantindo assim a ligação a Angola.
O diplomata sublinhou, por outro lado, que os concidadãos residentes em Portugal são "verdadeiros promotores da cultura e dos valores" do país.
O secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, que tutela o Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações, destacou, por seu lado, a importância de estabelecer mecanismos que garantam aos imigrantes uma ligação ao país de origem com "normalidade e eficiência".
O governante adiantou que estes acordos estão a ser instituídos com vários países que não dispõem de consulado na região autónoma, como Brasil e Cabo Verde.
LUSA