Para efeitos de comparabilidade com os dados divulgados pelo INE, é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que, segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico registaram um acréscimo homólogo de 1,8%, variação oposta à observada a nível nacional (-3,0%). É de notar que os resultados podem ter sido ligeiramente influenciados pelo efeito calendário, uma vez que, enquanto a Páscoa de 2024 ocorreu em março, em 2025 é celebrada em abril.
Em março de 2025, além da RAM, só mais duas regiões NUTS II registaram crescimentos nas dormidas: a Região Autónoma dos Açores (+6,0%) e a Península de Setúbal (+3,6%). As restantes regiões observaram quedas, que foram mais expressivas no Algarve (-8,7%), no Oeste e Vale do Tejo (-5,2%) e Alentejo (-4,1%). A Grande Lisboa e o Centro também registaram decréscimos (ambas com -3,3%), tendo o Norte observado a menor redução (-0,7%).
A taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico na Região, no mês em referência, foi de 65,2%, -0,3 pontos percentuais (p.p.) face ao observado no mês homólogo (65,5%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 76,5% (75,2% em março de 2024).
No mês de março de 2025, o valor da estada média no conjunto do alojamento turístico registou um aumento relativamente ao mesmo mês do ano anterior (4,56 noites), fixando-se nas 4,65 noites. Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria (4,74 noites) e no alojamento local (4,56 noites), seguido do turismo no espaço rural, que apresenta a estada mais baixa (3,58 noites).
Os valores acumulados dos hóspedes entrados, para o período de janeiro a março de 2025 (473,7 mil; +5,4% que no mesmo período de 2024), evidenciam igualmente um crescimento, o mesmo sucedendo com as dormidas, que se aproximaram dos 2,6 milhões (+7,4% que no mesmo período de 2024).
De realçar que os 10 principais mercados emissores representaram 82,8% do total das dormidas registadas em março de 2025. Destacaram-se com um peso superior, a Alemanha (22,2% do total; -2,7% que em março de 2024) e o Reino Unido (18,1% do total; com um valor idêntico ao de março de 2024). O mercado nacional, que concentrou 16,5% do total de dormidas, registou um aumento de 24,6% face a março de 2024. Na quarta posição, tendo em conta o peso no total de dormidas, encontra-se o mercado polaco (7,7% do total; +49,7%), seguido do mercado francês (5,4% do total; -1,9%).
Em termos acumulados, de janeiro a março de 2025, os dois principais mercados emissores registaram variações homólogas nas dormidas em sentidos opostos: o mercado alemão registou um aumento de 2,1%, enquanto o mercado britânico apresentou uma quebra de 2,1%. Já o mercado de residentes em Portugal (terceiro principal mercado) apresentou uma variação positiva, mais significativa, de 21,0%, para o referido período.
Os proveitos totais e os de aposento, em março de 2025, apresentaram crescimentos homólogos de 16,5% e de 18,1%, respetivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 63,2 milhões de euros e nos 45,2 milhões de euros. No País, no mês em referência, os proveitos totais também apresentaram uma variação homóloga marginalmente positiva (+0,3%), enquanto os de aposento evidenciaram uma ligeira quebra, de 0,4%.
Em termos acumulados, as variações, na Região, foram de +20,4% e +22,1%, respetivamente, totalizando, de janeiro a março de 2025, os 162,6 milhões de euros, no caso dos proveitos totais, e os 114,6 milhões de euros, no que se refere aos proveitos de aposento.
No mês de março de 2025, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) rondou os 83,00 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +16,1% que no mesmo mês do ano precedente. Por sua vez, o rendimento médio por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 95,05€, em março de 2024, para 108,51€, em março de 2025 (+14,2% de variação homóloga).
De janeiro a março de 2025, verificou-se um RevPAR de 72,78 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), o que representa um aumento de 20,8% em relação ao período homólogo. No sector da hotelaria, o RevPAR foi de 78,40 euros (+22,0%). Quanto ao ADR, os valores são mais elevados, totalizando os 103,20 euros no conjunto do alojamento turístico (+15,9% que no período homólogo) e os 105,96 euros na hotelaria (+15,9%).