Cristiano Ronaldo e Luís Suárez reencontram-se este sábado com a mente, em termos individuais, de se assumirem como os maiores goleadores dos respetivos países em Mundiais de futebol.
Os jogadores que em 2013/14 partilharam a ‘Bota de Ouro’, com 31 golos, numa altura em que Ronaldo já era do Real Madrid e Suárez ainda alinhava no Liverpool, somam ambos sete golos em campeonatos do mundo, sendo segundos de Portugal e Uruguai.
Ronaldo está a dois do ‘rei’ Eusébio, que foi o melhor marcador do único Mundial em que participou, ao marcar nove golos em 1966, enquanto Suárez segue a apenas um de Óscar Míguez, que marcou cinco em 1950, ano do segundo título do Uruguai, e três em 1954.
O atual avançado do FC Barcelona entrou para o Mundial2018 com mais dois tentos do que o rival do Real Madrid, mas o capitão da seleção lusa já o alcançou, ao marcar quatro golos, contra apenas dois do ponta de lança do Uruguai.
O ‘7’ luso começou com um ‘hat-trick’ à Espanha (3-3), conseguido com um penálti, um ‘frango’ de De Gea e um livre direto superiormente apontado, aos 88 minutos, e prosseguiu com o golo da vitória face a Marrocos (1-0), de cabeça após um canto.
O avançado luso poderia ter apontado um quinto golo na terceira jornada da fase de grupos, mas, já na segunda parte do jogo com o Irão (1-1), desperdiçou uma grande penalidade, que, a ser concretizada, teria colocado Portugal a vencer por 2-0.
Por seu lado, Luis Suárez começou por ficar em ‘branco’ face ao Egito (1-0), num embate em que desperdiçou três excelentes ocasiões para faturar, mas, depois, selou o triunfo sobre a Arábia Saudita (1-0), na sua 100.ª internacionalização, e abriu o marcador face à anfitriã Rússia (3-0), de livre direto.
Nas anteriores participações, Ronaldo, que se tornou o quarto jogador a marcar em quatro edições, como o brasileiro Pelé e os alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose, havia marcado um tento em 2006, de penálti, ao Irão (2-0), um em 2010, à Coreia do Norte (7-0), e outro em 2014, ao Gana (2-1), todos na fase de grupos.
Por seu lado, Suárez começou por marcar três em 2010, um ao México (1-0), na fase de grupos, e dois à Coreia do Sul (2-1), nos ‘oitavos’, para ser expulso nos ‘quartos’, face ao Gana, ao salvar com a mão o que seria o 2-1 para os africanos. O Uruguai venceu nos penáltis e o avançado falhou as ‘meias’, por castigo.
Em 2014, não marcou na estreia, com a Costa Rica (1-3), ‘bisou’ no segundo jogo, frente à Inglaterra (2-1), e, no terceiro, com a Itália (1-0), mordeu Chiellini. Não foi expulso, mas a FIFA penalizou-o com nove jogos internacionais de suspensão, a maior de sempre, e quatro meses longe do futebol.
No total, em Mundiais, Ronaldo e Suárez chegam aos ‘oitavos’ da edição com 2018 empatados, com sete golos, depois de terem terminado a Liga espanhola 2017/18 também quase empatados, já que o português apontou 26 e o uruguaio 25. Messi chegou aos 34.
Em campeonatos do Mundo, numa lista liderada por Klose, com 16 golos, seguido do brasileiro Ronaldo, com 15, e do também alemão Gerd Müller, com 14, um outro germânico, Thomas Müller é o melhor em atividade, com 10, mas já foi eliminado, em ‘branco’.
Portugal e Uruguai defrontam-se hoje às 21:00 locais (19:00 em Lisboa), no Estádio Olímpico Fisht, em Sochi, em encontro dos oitavos de final do Mundial de 2018.
LUSA