“Em relação ao jogo, sabíamos de antemão que iríamos encontrar um Boavista motivado perante a vitória no seu último jogo. Sabíamos também que, com os seus adeptos, são uma equipa que ganha uma alma e força extra para o seu desempenho.
A nossa estratégia passava por mantermos a sanidade, focarmo-nos naquilo que controlávamos, deixar tudo o que estava à volta e fazer o nosso jogo.
Na primeira parte, isso ficou bem explícito. Jogámos à Nacional, com confiança, a tentar chegar à baliza de forma contínua. Penso que poderíamos ter chegado ao intervalo com uma vantagem mais volumosa mediante aquilo que produzimos.
Depois, em relação à segunda parte, foi um jogo diferente, de facto. O Boavista mostrou-se com bastantes alterações. A cerca de 15 minutos do fim, arriscou tudo, com muitos cruzamentos e o jogo ficou muito aleatório e caótico. Procurámos controlar com mais um defesa central, porque sabíamos que eles iriam forçar muito os cruzamentos.
Mesmo apesar desse momento de sufoco, conseguimos ser fortes e resistir ao ímpeto do adversário, que tinha de ir atrás do resultado. Penso que, na soma total, é uma vitória justa e seguimos o nosso caminho.
Sabíamos que estávamos a defrontar um adversário direto, numa espécie de ‘mata-mata’, e que o resultado seria importante. No inconsciente, a necessidade do resultado pesava, não podemos negar isso, mas tivemos serenidade na forma como encarámos as coisas. Apesar disso, faltou sempre um bocadinho de eficácia para terminar com o jogo mais cedo”.