"As reformas portuárias estão em curso no sentido de garantir que o transporte marítimo de mercadorias na Madeira vai ser mais baixo e mais transparente", disse, no debate parlamentar mensal do parlamento regional, dedicado ao tema "Apoios ao setor produtivo".
O Governo Regional (PSD), que termina o seu mandato em 2019, iniciou em 2016 o processo de reestruturação da operação portuária na Madeira, revogando a licença que os anteriores executivos tinham atribuído a uma empresa madeirense e abrindo um concurso público internacional para a concessão da exploração que está suspenso por estar a decorrer em tribunal uma ação interposta pelo atual operador.
Miguel Albuquerque criticou o Governo da República, em particular o Ministério do Mar, por não ter em conta a realidade do arquipélago e o princípio constitucional da continuidade territorial.
"Ao contrário do Governo espanhol, que apoia em 75% as ligações marítimas, o transporte de carga e passageiros, o Governo da República acha que as ilhas só são importantes quando o Ronaldo falha um penálti – porque só é madeirense quando falha um penálti, quando marca golo é português", disse.
Miguel Albuquerque realçou ainda a evolução do setor primário, que em 2017 cresceu 5% e gerou 114 milhões de euros, e lembrou os apoios aos fatores de produção e às empresas no valor de 46 milhões de euros.
Os partidos da oposição criticaram os altos custos das operações portuárias que dizem onerar a capacidade de aquisição por parte dos consumidores finais e rebateram o quadro otimista do Governo Regional relativamente ao setor primário, ao sublinharem a diminuição da área agrícola da região.
C/LUSA