"Os meios de comunicação privados são atacados permanentemente. Por isso, condenamos fortemente a política que limita os cidadãos de acederem livremente à informação, seja pela via impressa ou digital", disse o presidente do CNP, entidade responsável pela atribuição da Carteira Profissional de Jornalista na Venezuela.
Durante uma conferência de imprensa, Tinedo Díaz denunciou que estão a ser bloqueados os acessos às páginas web do diário El Nacional e também de La Patilla, entre outros portais.
"O Governo [venezuelano] dispõe de mais de 600 meios de comunicação (social) ao seu alcance para fazer a propaganda que considere conveniente em benefício do seu exercício, como Governo, mas a imprensa priva está sendo pressionada pelos organismos do Estado para que a informação não seja publicada", disse.
Segundo Tinedo Díaz existe mais de 600 casos abertos de agressões a jornalistas e muitas vezes um profissional é vítima de várias agressões.
Por outro lado, Delvalle Canelón, secretária-geral do CNP, denunciou que as "agressões contra os meios de Comunicação Social se estão a intensificar e que o regime está a cercear o direito à liberdade de expressão e, mais recentemente, a usar a Justiça para gerar autocensura nos jornalistas e nos próprios órgãos".
"Os donos de La Patilla e de El Nacional estão fora do país perante a ameaça de serem presos (…). O CNP continuará a denunciar que na Venezuela não se respeitam os Direitos Humanos nem a liberdade de expressão", frisou.
Delvalle Canelón denunciou ainda que na Venezuela continuam a encerrar jornais por falta de papel.
LUSA