O homem, de 59 anos, cuja identidade não foi divulgada pelas autoridades, foi detido na terça-feira pela polícia de Humberside, no nordeste de Inglaterra, por suspeita de homicídio involuntário por negligência grosseira, na sequência da colisão.
A transportadora marítima alemã Ernst Russ, proprietária do cargueiro Solong, com pavilhão português, indicou que os 14 tripulantes do navio eram cidadãos russos e filipinos.
O cargueiro colidiu na segunda-feira no mar do Norte, ao largo do leste de Inglaterra, com o MV Stena, um petroleiro que transportava combustível para as forças armadas norte-americanas, incendiando ambos os navios.
Um tripulante do Solong continua desaparecido e as autoridades receiam que tenha morrido na colisão, mas os 13 colegas mais os 23 tripulantes do Stena Immaculate foram resgatados.
A polícia de Humberside deu início a uma investigação criminal sobre as causas da colisão e está a trabalhar em colaboração com a Agência Marítima e da Guarda Costeira britânica.
“Os detetives continuam a seguir diversas linhas de investigação”, indicou esta manhã a polícia.
O secretário de Estado dos Transportes britânico, Mike Kane, fez uma declaração no parlamento na terça-feira e admitiu que algo terá corrido “muito mal” para resultar no acidente, mas rejeitou, para já, que tenha sido propositado.
“Se houve ou não crime é, julgo eu, especulação; não há provas que o sugiram neste momento”, vincou.
O jornal britânico Daily Telegraph noticiou que o Solong falhou recentemente controlos de segurança relacionados com direção e outros, durante uma inspeção em Dublin.
De acordo com a sua página eletrónica, dos 33 navios que a empresa alemã Ernst Russ possui, total ou parcialmente, 22 estão registados na Madeira, em Portugal.
Lusa