"É fundamental que cada uma das intervenções em espaço público seja aproveitada cumulativamente para ir corrigindo todo o conjunto de situações que durante muitos anos não constituíram uma prioridade, mas que efetivamente têm de ser para todos nós uma prioridade", afirmou a governante, após uma reunião com o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo.
A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência encontra-se na Região Autónoma da Madeira e esta tarde visita o Teatro Municipal Baltazar Dias e, mais tarde, participa na apresentação do sistema de inclusão para pessoas com deficiência visual na Praia da Formosa, na capital madeirense.
"Já fiz algumas caminhadas por aí e tive oportunidade de perceber no terreno algumas inovações que estão a ser introduzidas", disse Ana Sofia Antunes, realçando a necessidade de se apostar "cada vez mais" na eliminação de barreiras arquitetónicas, contribuindo assim para "trazer mais as pessoas para a rua".
"A acessibilidade é o ponto zero da inclusão. Sem a possibilidade de saírem de casa, de se deslocarem em segurança, de se sentirem seguras nos seus percursos, as pessoas dificilmente conseguirão alcançar a inclusão noutros domínios da sua vida", afirmou.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal lembrou, por seu lado, que a autarquia tem sido premiada por a capital madeirense numa cidade acessível, nomeadamente através do encerramento de ruas ao trânsito automóvel, de semáforos sonoros, de rebaixamento de passeios e introdução de piso tátil.
"As questões da mobilidade não são só para as pessoas que têm deficiência, mas para todos os cidadãos", disse Paulo Cafôfo, realçando que a intervenção camarária se estende também aos museus sob a sua tutela, bem como ao Teatro Municipal Baltazar Dias.
C/LUSA