Mesmo após uma estreia de sonho no principal escalão ao serviço dos madeirenses, Daniel Ramos colocou a manutenção como a primeira meta a alcançar.
Ainda assim, o técnico conseguiu o melhor arranque de sempre do clube no campeonato, fruto de cinco vitórias nas seis primeiras jornadas, o que deixava os ‘verde rubros’ no terceiro lugar, apenas atrás de FC Porto e Sporting.
A saída de vários jogadores essenciais, como Gottardi, Raúl Silva, Maurício, Fransérgio e Dyego Sousa, parecia ter sido ‘esquecida’, com a chegada de reforços de qualidade, com destaque para Bebeto, Pablo e Ricardo Valente.
Ora, como já é hábito no futebol, além dos bons, existem também os maus momentos e o Marítimo não se livrou de um período para esquecer.
A começar o ano de 2018, em 03 de janeiro, uma derrota (1-2) nos Barreiros, com o Desportivo de Chaves, ditou o fim da série caseira, iniciada com a chegada de Daniel Ramos ao Marítimo, em setembro de 2016, que durou 15 meses e 23 partidas sem perder na I Liga.
A fase negativa durou até 17 de fevereiro, com os insulares a acumularem nove jogos seguidos sem vencer, tendo sofrido seis derrotas e três empates.
No capítulo das desilusões, o principal nome a referenciar é o de Erdem Sen, um dos melhores médios da Liga portuguesa em 2016/17, que simplesmente ‘desapareceu’ na segunda metade da época.
A equipa procurava recuperar, mas, um desaire ‘pesado’ sofrido com o Benfica, no Estádio da Luz, por 5-0, em 03 de março, ditou críticas duras do presidente Carlos Pereira ao treinador e a vários jogadores, resultando no afastamento de Fábio Pacheco, a quem o dirigente apontou uma "quebra de rendimento".
A resposta do conjunto maritimista não podia ser melhor, ao ganhar os três encontros seguintes, entrando em evidência as contratações de janeiro, nomeadamente Joel (nove golos) e Jorge Correa, que trouxeram melhorias ao setor mais adiantado.
O Marítimo conseguiu igualar o Rio Ave – que havia chegado a estar a sete pontos de distância – no quinto lugar e a Europa parecia ser uma meta atingível, mas cinco jogos sem vencer resultaram no fim do sonho. O sétimo posto foi o resultado final.
Nota ainda para o facto de não ter havido mudanças no comando técnico dos madeirenses ao longo da temporada, algo que já não acontecia desde 2013/14, na altura com Pedro Martins.
LUSA