"A Venezuela atingiu um ponto de inflexão para o seu povo e para o hemisfério ocidental. A crise na Venezuela não é apenas uma perturbação regional. O seu governo socialista converteu-se num perigo para os seus vizinhos e para a nossa [dos EUA] própria segurança", afirmou Rúbio à estação de televisão norte-americana CNN.
Marco Rúbio disse que o "regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro ameaça os interesses dos EUA" e acusou a Venezuela de ser "um Estado patrocinador do tráfico de drogas", apesar de Caracas negar as acusações.
O senador do Partido Republicano referiu ainda que o regime de Maduro "proporciona um porto seguro a organizações terroristas internacionais, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o Exército de Libertação Nacional".
"Tem atacado a ordem democrática regional e alia-se ativamente com os inimigos dos EUA, incluindo a ditadura cubana, a Rússia, assim como o Irão e o Hezbollah", afirmou.
Rúbio disse também que os efeitos das sanções contra o regime da Venezuela provocaram a fuga de muitos venezuelanos para países vizinhos como o Brasil e a Colômbia, afetando os “esforços dos Estados Unidos e dos seus parceiros regionais para promover a democracia, os direitos humanos e a estabilidade no hemisfério ocidental”.
"Chegou a hora de as nações democráticas da região trabalharem juntas e acelerarem a saída de Maduro do poder", afirmou, recordando que a crise venezuelana dominou os debates da última Cimeira das Américas e que 16 países do Grupo de Lima condenam a "realização simulada das eleições presidenciais" antecipadas, previstas para 20 de maio.
O senador republicano defendeu a aplicação de sanções regionais, por parte de países aliados de Washington, para evitar alegados delitos do Governo venezuelano no acesso a financiamento e à banca internacional.
"Finalmente, devemos estar prontos para ajudar a reconstruir uma Venezuela livre e democrática (…). Necessitamos do equivalente multilateral do Plano Marshall, a iniciativa norte-americana para reconstruir a Europa depois do final da II Guerra Mundial", acrescentou.
LUSA