Carlos de Almada Contreiras, que foi membro do Conselho de Estado, do Conselho da Revolução e dirigiu em 1975 o Serviço Diretor de Coordenação de Informações (SDCI), morreu de doença súbita, aos 83 anos, disse à Lusa fonte próxima da família na quarta-feira.
Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, lamenta a morte de Almada Contreiras, referindo que participou no 25 de Abril de 1974 e indicou “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, como senha para a revolução.
“Considerado o elemento da Marinha mais importante no Movimento das Forças Armadas (MFA), contribuiu também para a redação do seu programa”, destaca o Presidente da República, acrescentando que Almada Contreiras foi, “após a revolução, conselheiro de Estado e membro do Conselho da Revolução”.
Nascido em Aljustrel, no distrito de Beja, em 1941, Carlos de Almada Contreiras fez os estudos secundários no Liceu de Setúbal, ingressou na Escola Naval em 1960 e realizou diversas comissões militares na Guiné, Moçambique, Angola e S. Tomé e Príncipe, entre 1964 e 1970, segundo a nota biográfica disponível no portal da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.
Dirigia a coleção “Memórias de Guerra e Revolução” e coordenou as obras “Operação ‘Viragem Histórica’ – 25 de Abril de 1974” e “A Noite que Mudou a Revolução de Abril – A Assembleia Militar de 11 de Março de 1975”.
Foi condecorado em 1986 com a grã-cruz da Ordem da Liberdade.
Lusa