A antiga provedora-adjunta de Justiça portuguesa era uma de seis concorrentes ao cargo, tendo sido eleita após duas rondas de votação secreta.
A candidata portuguesa já tinha garantido a liderança na primeira ronda de votações, mas não conseguiu então a maioria necessária para a eleição.
Na segunda volta participaram 654 eurodeputados, com um total de 603 votos válidos e 51 em branco.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, disse que a eleição de Teresa Anjinho representa “uma responsabilidade merecidíssima e um grande orgulho para Portugal”.
Teresa Anjinho sucede a Emily O’Reilly, reeleita para um segundo mandato em dezembro de 2019. A portuguesa deverá assumir funções numa cerimónia de juramento, em 27 de fevereiro de 2025, no Tribunal de Justiça da União Europeia, para um mandato de cinco anos.
Com Teresa Anjinho concorreram ao cargo o neerlandês Reinier van Zutphen, que ficou em segundo lugar (177 votos); seguido da candidata Julia Laffranque, da Estónia (47 votos); da austríaca Claudia Mahler (15 votos), e dos italianos Marino Fardelli (14 votos) e Emilio De Capitani (seis votos).
Teresa Anjinho é especialista em direitos humanos e investigadora, membro do Comité de Fiscalização do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF). Anteriormente, foi secretária de Estado da Justiça e provedora-adjunta de Justiça de Portugal.
Criado em 1995, o Provedor de Justiça Europeu investiga casos de má administração nas instituições, órgãos, organismos e agências da União Europeia, agindo por iniciativa própria ou em resposta a queixas de cidadãos dos Estados-membros que integram o bloco europeu.
Lusa