Em declarações à Lusa, o deputado Paulo Neves, do PSD, considerou “completamente inadmissível” a situação dos atrasos, nomeadamente para as regiões autónomas, da Madeira e dos Açores, prejudicando milhares de pessoas.
“Só da Madeira, numa semana, foram cancelados 10 voos da TAP”, exemplificou o deputado social-democrata, para quem o Governo, que nomeia administradores para a empresa, “também é corresponsável” pela situação.
O CDS-PP também quer levar a questão à Assembleia da República e, como o PSD, quer uma audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, mas do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.
No texto do requerimento, a que a Lusa teve acesso, os centristas admitem que pode estar em causa o cumprimento das obrigações de serviço público, em especial para as regiões dos Açores e da Madeira, nomeadamente os regulamentos da União Europeia.
“O CDS-PP entende que a empresa não está a cumprir a obrigação do serviço público ‘entre um aeroporto da Comunidade e um aeroporto que sirva uma região periférica ou em desenvolvimento do seu território ou numa rota de fraca densidade de tráfego para qualquer aeroporto do seu território, se a rota em causa for considerada vital para o desenvolvimento económico da região que o aeroporto serve’”, lê-se no texto apresentado pelos centristas.
No sábado, o Governo Regional da Madeira manifestou o seu desagrado junto das companhias aéreas TAP e EasyJet, as únicas que operam regularmente na região, devido ao "cancelamento sucessivo" de voos nos últimos dias, informou o vice-presidente do executivo.
Pedro Calado reconheceu que o cancelamento de voos tem ocorrido por motivos operacionais das duas companhias, mas considerou importante também manifestar o desagrado uma vez que a Madeira, como região insular, está totalmente dependente das ligações aéreas.
LUSA