Um porta-voz da FINUL disse que a missão estava a monitorizar “confrontos pesados” na cidade costeira de Naqoura e na aldeia de Shama, a nordeste, segundo a agência norte-americana AP.

O quartel-general da FINUL está situado em Naqoura, no extremo sul do Líbano, perto da fronteira com Israel.

“Temos conhecimento de bombardeamentos intensos nas proximidades das nossas bases”, disse o porta-voz.

Vários postos da FINUL foram atingidos desde que Israel iniciou a invasão terrestre do Líbano, em 01 de outubro, deixando vários soldados feridos.

As autoridades libanesas disseram hoje que quatro soldados italianos sofreram ferimentos ligeiros depois de a sua base em Shama ter sido atingida por dois ‘rockets’, de um tipo usado pelo movimento xiita Hezbollah.

As forças israelitas lançaram a ofensiva no Líbano para travar o Hezbollah, que tem atacado o norte de Israel em apoio ao grupo palestiniano Hamas, a braços com a invasão de Gaza desde que atacou solo israelita em outubro de 2023.

O exército israelita anunciou hoje que desmantelou na última semana 45 lançadores apontados a Israel pertencentes ao Hezbollah no sul do Líbano, onde continua a operar para localizar os centros de comando do grupo na zona.

“A partir destes lançadores, foram disparados projéteis contra zonas de Israel, e muitos estavam prontos a ser apontados para território israelita”, declarou o exército num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

O exército também atacou e desmantelou os lançadores a partir dos quais foram disparados projéteis na quinta-feira contra a cidade de Nahariya, onde se registou uma morte, e na semana passada contra a baía de Haifa.

O exército israelita disse que continua a atuar para desmantelar um “importante centro terrorista do Hezbollah”, que inclui complexos de combate, posições antitanque, esconderijos de armas e postos de observação.

“Num desses complexos, os soldados encontraram uma posição escondida com armas, incluindo um míssil antitanque Kornet com um alcance de cerca de oito quilómetros”, disse um porta-voz militar.

Na mesma posição, foi localizado um ‘drone’ que seria lançado em território israelita, referiu o porta-voz.

Noutro complexo, o exército disse ter localizado aberturas de túneis subterrâneos e depósitos de armas, que foram neutralizados.

Mais de um ano de troca de tiros entre Israel e o Hezbollah matou mais de 3.500 pessoas no Líbano, a maioria das quais desde que o exército israelita intensificou a campanha de bombardeamento contra o país vizinho, em 23 de setembro.

Israel calcula que cerca de 2.500 eram milicianos do grupo xiita.

Do lado israelita, 78 pessoas foram mortas por ataques lançados a partir do Líbano, das quais 47 eram civis (seis dos quais estrangeiros).

Também 46 soldados e um investigador morreram em combates no sul do Líbano.

Lusa