A atualização foi divulgada pela agência europeia pouco depois das 22:30 e reporta-se aos dados recolhidos até cerca das 12:00 de hoje, o nono dia deste fogo.
O anterior balanço divulgado pela mesma entidade, com o ponto de situação até às 12:00 de quarta-feira, indicava que tinham ardido 4.937,6 hectares.
Na terça-feira, em declarações à Lusa, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), António Nunes, questionado sobre os números avançados na segunda-feira pelo secretário regional da tutela – que apontavam para sete mil hectares ardidos – explicou que a “confusão deriva de uma avaliação feita pelos limites externos da área ardida”.
No interior dessa área, referiu, “existem muitas bolhas de vegetação que não arderam”.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou há uma semana, em 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. Entretanto, vários focos têm sido extintos.
Num ponto de situação relativo às 21:00, o SRPC indicou que o fogo estava ativo no Pico Ruivo e no Pico do Gato, na cordilheira central da ilha, e no concelho da Ponta do Sol.
Nestes nove dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, já disse tratar-se de fogo posto.
Lusa