A formação ‘axadrezada’ subiu, assim, ao sétimo lugar, com 27 pontos, e o Marítimo, que não ganha há seis jogos para o campeonato, ocupa o sexto posto, com 29.
Everton pôs o Marítimo na frente, aos oito minutos, Mateus empatou, aos 43, na recarga a uma grande penalidade que David Simão não conseguiu concretizar, e Yusupha fez o resultado final aos 80, culminando deste modo a sua boa exibição.
A primeira parte foi mal jogada, apesar dos dois golos marcados, e a responsabilidade maior coube ao Boavista, que mostrou ansiedade, falta de ideias e incapacidade para chegar à área adversária.
O Marítimo apresentou-se um pouco melhor, tomou conta do meio-campo e adiantou-se no marcador com um golo feliz, de Everton, cujo mérito maior foi ter rematado de primeira uma bola que foi ao seu encontro após uma carambola.
Ricardo Valente livrou-se de Talocha, serviu Jean Cléber, este, já na área ‘axadrezada’, rematou, a bola ‘carambolou’ num defensor dos anfitriões e sobrou para o brasileiro Everton, que aproveitou e marcou.
Com um futebol desgarrado, o Boavista empatou na sequência de uma grande penalidade que o arbitro assinalou por alegada mão na bola do central Diney.
Apesar da completa desinspiração que revelou até aí, David Simão encarregou-se da marcação da falta e, mais uma vez, esteve mal, pois permitiu a defesa de Charles. O que valeu ao Boavista foi que o guardião maritimista defendeu para a frente e Mateus, atento, recargou com êxito, aos 43 minutos.
Depois de um primeiro tempo fraco, em que o Marítimo foi sempre superior, o Boavista subiu muito de rendimento após o intervalo, sobretudo depois dos 55 minutos, e tornou-se intenso e pressionante e os lances de perigo sucederam-se junto à baliza de Charles.
O avançado internacional da Gâmbia Yusupha Njie, que já tinha dado sinais positivos na primeira parte, transformou-se num perigo para a defesa maritimista e, aos 66 minutos, quase marcou.
A pressão ‘axadrezada’ intensificou-se, com Mateus e, sobretudo, Yusupha em bom plano, e o Marítimo sentiu então grandes dificuldades para conter o caudal atacante dos boavisteiros.
Aos 75 minutos, Rui Pedro assistiu Yusupha e este voltou a estar muito perto do golo. No minuto seguinte, Charles evitou o golo boavisteiro com uma grande defesa.
Com o Boavista cada vez mais autoritário, graças ao seu futebol musculado e objetivo e o Marítimo recolhido junto à sua baliza, Yusupha acabou por ser premiado pela sua grande exibição, marcando, de cabeça, o golo que valeu ao Boavista mais três pontos.
Com 18 golos marcados em 20 jornadas, o Marítimo confirmou hoje ser uma equipa com notórias dificuldades concretizadoras.
A equipa de Daniel Ramos ainda assustou o guarda-redes nos instantes finais da partida, mas já era tarde e o Boavista conseguiu segurar um triunfo que lhe permite, nesta altura, sonhar com um lugar europeu.
C/ LUSA