Em comunicado, a Fedecámaras – Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção de Venezuela justifica que "na ausência da confirmação solicitada ao Governo para que a missão de alto nível pudesse cumprir a agenda estabelecida”, os seus membros concluíram que, “lamentavelmente, não estavam reunidas as condições necessárias” para a sua concretização.
A visita da OIT, agência das Nações Unidas, à Venezuela era esperada na próxima semana e tinha previsto investigar acusações da Fedecámaras de que o Governo não respeita os seus direitos.
O director-geral da OIT, Guy Ryder, explicou una segunda-feira que durante a visita a missão promoveria "o diálogo entre o Governo, os empregadores e os trabalhadores”, dado que a queixa federação venezuelana indicava que os empresários estão sujeitos a pressões e intimidação.
A Fedecámaras lamentou que o Governo tenha perdido uma “oportunidade para, através da OIT, iniciar um caminho de diálogo” no momento em que os trabalhadores e os empregadores da Venezuela pedem que se acionem todos os mecanismos necessários para melhorar as condições económicas.
Guy Ryder explicou na segunda-feira, numa conferência de imprensa, que a missão tinha luz verde do Governo venezuelano e que estavam agendadas várias reuniões.
“Se não tivéssemos autorização não iríamos”, disse na ocasião o diretor-geral.
LUSA