A atividade gripal na Madeira é considerada baixa pelo Instituto de Administração da Saúde (IASAUDE), tendo o seu presidente referido que a temperatura alta que se faz sentir pode estar a contribuir para o baixo índice da doença.
"A atividade gripal na Região Autónoma da Madeira é considerada baixa e isso pode ser consequência de diferentes fatores, nomeadamente o da temperatura média ambiente ser mais elevada do que é habitual", afirmou Herberto Jesus.
Num balanço feito hoje pelo ISAUDE, o responsável adiantou que a taxa de vacinação "é considerada histórica com valores de cerca de 54% da população de mais de 65 anos", fator que considera ter contribuído para "um número reduzido de casos de gripe".
A região conta já com duas mortes devido ao vírus da gripe – a última registada na segunda-feira – mas Herberto Jesus afasta a hipótese de o atual surto ser de alguma forma parecido com o que aconteceu em 2009.
"Os casos específicos de mortalidade, foram casos muito particulares em que, de facto, o serótipo que é o mais prevalente nesses casos foi o serótipo A e foi num contexto muito particular", porque eram pessoas com "muitas doenças associadas as quais debilitavam o seu estado imunitário", explicou.
Neste momento há dois casos nos cuidados intensivos que "estão estáveis".
De acordo com os dados fornecidos, desde a semana 50 de 2017 e até à primeira semana de 2018, foram registados mais de 100 casos de gripe em que destes, 21 foram analisados.
Herberto Jesus não garante que devido à temperatura a situação não se possa alterar na Madeira, mas, caso aconteça, o ISAUDE tem um plano de contingência.
"Nós estamos preparados para isso. Temos ativações de centros de saúde, se for necessário, temos ativações de setores do hospital Dr. Nélio Mendonça, se for necessário”, afirmou, considerando que o sistema "está preparado" devido à monitorização constante.
Insistiu que a população em geral se deve dirigir às urgências apenas em caso de manifesta gravidade.
João Carramanho | LUSA