“No domínio da Saúde, o que é que os portugueses querem? Primeiro que o plano de urgência ou de emergência para o verão funcione bem, estamos a entrar no pico do verão, que são os meses de julho e agosto, portanto, o que querem é que, onde quer que se encontrem os que não têm férias, os que não podem ter e aqueles que têm férias, onde quer que se encontrem, tenham a cobertura da Saúde que é necessária e é indispensável”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Outra coisa que os portugueses querem, continuou o chefe de Estado, é que, “terminado o verão e chegado o outono e o inverno e depois a ‘normalidade da vida’, que avance aquilo que é desejado por muitos há bastante tempo que é uma gestão do SNS que vá sendo ajustada às necessidades das pessoas”.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de uma visita à fábrica automóvel do grupo Stanllantis em Mangualde, no distrito de Viseu, a propósito das demissões no setor da Saúde.
O chefe de Estado defendeu que o SNS tem “dois momentos diferentes” a resolver, um é “no imediato”, na época do verão, e o outro após a época do calor e férias e o desejo para esses dois momentos “é que funcione bem o SNS” e “seja bem gerido”.
“Era essa a ideia originária do instituto que foi criado para gerir o SNS, qualquer que seja a solução encontrada para o futuro, que garanta que é uma peça fundamental da Saúde em Portugal, o SNS”, avisou.
Questionado sobre o hospital de Viseu que tem o serviço de urgência pediátrica encerrado ao exterior no período noturno desde o dia 01 de junho, por falta de pediatras, e cujo conselho de administração pediu demissão, o PR disse que “há problemas que são estruturais e já acontecem há algum tempo”.
“E tem a ver com a reorganização e o ajustamento das estruturas de Saúde, por isso é que não basta garantir que no verão haja a resposta às necessidades dos portugueses e de turistas que cá estejam, mas sobretudo de portugueses”, apontou.
Marcelo defendeu que “é preciso depois garantir que há para o futuro, para além do verão, do outono, do inverno, nos próximos anos, aquilo que se apontou há dois anos, que era um reajustamento na gestão do SNS para melhorar aquilo que não está a funcionar e para ir mais longe naquilo que são as necessidades que estão por satisfazer”.
Lusa