A Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Madeira (ARPIRAM) afirmou-se hoje solidária com as manifestações ocorridas no país contra o encerramento de lojas dos CTT e, por outro lado, criticou as demoras na entrega de correspondência.
“Aqui, na Madeira, há sítios em que o carteiro só passa uma vez por semana e as reformas estão a chegar com quatro, cinco e seis dias de atraso, e também há contas que chegam depois do prazo de pagamento”, disse a presidente da ARPIRAM, Margarida Vasconcelos, em conferência de imprensa junto a uma das principais estações dos CTT no centro do Funchal.
Além de chamar a atenção para as demoras na distribuição de correspondência, Margarida Vasconcelos realçou que a associação está “solidária” com as diversas manifestações que têm sido feitas ao nível nacional por causa do anúncio de fecho de 22 lojas dos CTT.
“Isto é um balde de água fria em cima das pessoas, principalmente as pessoas idosas”, disse, sublinhando que a ARPIRAM “não está de acordo” com as novas diretrizes da empresa de correios.
Os CTT confirmaram a 2 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).
A decisão de encerramento motivou críticas de autarquias e utentes.
LUSA