Numa resposta a questões colocadas pela agência Lusa através de correio eletrónico, a PGR limitou-se a confirmar a instauração do inquérito, sem adiantar mais detalhes.
O acidente, que ocorreu às 16:05 de domingo, durante o festival Beja AirShow, na Base Aérea N.º 11 (BA11), envolvendo duas aeronaves, provocou a morte de um piloto de nacionalidade espanhola e ferimentos ligeiros num outro de nacionalidade portuguesa.
O piloto que sofreu ferimentos ligeiros, de 37 anos, teve alta hospitalar no domingo à noite, revelou à Lusa fonte da Unidade Local da Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Os dois pilotos pertencem à patrulha ibérica Yakstars, uma equipa de exibição acrobática constituída por seis aeronaves, com pilotos portugueses e espanhóis.
Uma das aeronaves desta patrulha que participava na demonstração aérea no Beja AirShow aterrou, pouco depois do acidente, no Aeródromo Municipal de Évora, revelou hoje à Lusa o diretor desta infraestrutura, Joaquim Piteira.
“O avião foi desviado para Évora, por indicação da torre [de controlo] de Beja. Foi um procedimento de segurança, porque não conseguiu logo aterrar e, depois, como começaram as operações de socorro, veio para cá”, relatou.
Segundo o diretor do aeródromo e também comandante do Serviço Municipal de Proteção Civil de Évora, a aeronave ainda se encontra hoje de manhã naquela infraestrutura.
De acordo com a Força Aérea, entidade organizadora do festival, das duas aeronaves envolvidas no acidente, uma despenhou-se “fora do perímetro da Base Aérea e uma outra aterrou na unidade”.
“Destas ocorrências, não resultaram vítimas em terra, de entre as pessoas que se encontravam a assistir ao evento nas imediações”, salientou.
A Força Aérea assinalou ainda que acionou “todos os meios para a investigação do acidente” e que, devido à ocorrência, o evento foi imediatamente interrompido.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) deslocou uma equipa para a BA11, ainda no domingo, disse à Lusa fonte deste organismo.
“O GPIAAF está a articular-se com a Força Aérea no que diz respeito às atividades de investigação”, visto que o festival em que ocorreu o acidente “é organizado e tem espaço aéreo controlado” por este ramo das Forças Armadas, acrescentou a mesma fonte.
Lusa