O Madeira SAD conquistou hoje a 20.ª Taça de Portugal feminina de andebol, ao derrotar o Benfica, vencedor das duas edições anteriores, por 36-34, após prolongamento, numa final equilibrada e, várias vezes, frenética.
Depois de 60 minutos regulamentares a liderar o ‘marcador’ na maior parte do tempo, com as ‘águias’, sempre perto, a encetarem sucessivas recuperações até selarem o empate a 29 golos nos últimos segundos, a equipa madeirense repetiu a ‘dose’ nos 10 minutos adicionais e contou com dois golos de Ivana Mitrovic nos dois minutos finais para selar o triunfo.
Recordista de vitórias na competição, com 20, o Madeira SAD voltou a erguer o troféu depois de o ter conquistado pela última vez em 2021, ao passo que as ‘encarnadas’, vencedoras de oito edições da Taça de Portugal, falharam o pleno de títulos na época 2023/24, após as vitórias no campeonato, na Supertaça e na Taça FAP.
Num duelo em que as pontas direitas Neide Duarte e Duda Santos foram as principais goleadoras, ao marcarem nove vezes cada uma, a primeira parte foi veloz, com lisboetas e madeirenses a responderem aos tentos umas das outras em intervalos de escassos segundos e a alternarem a liderança do ‘marcador’ com diferenças nunca superiores a três golos.
O Madeira SAD beneficiou da mobilidade das suas atacantes para descortinar os espaços livres entre as marcações adversárias e chegar ao minuto sete a vencer por 6-3, antes da reação das tricampeãs nacionais a valer o empate (8-8), ao minuto 13, e a liderança ao minuto 17, fase em que Alexandra Shunu ‘encarnou’ a maior velocidade e capacidade de ‘choque’ do ataque benfiquista, com dois golos seguidos para o 12-10.
As laterais madeirenses trocaram de lados após desconto de tempo, cabendo a Sheila Langa o papel de protagonista em nova reviravolta, com golos ou assistências para a ponta direita, Neide Duarte, que ‘empurraram’ a formação treinada por António Florido para a vantagem de 19-18 ao intervalo.
O jogo perdeu fluidez e eficácia ofensiva na segunda parte, como atesta o menor número de golos, 18, consequência dos vários erros cometidos no passe, na tomada de decisão e na finalização, com algumas bolas a embaterem nos ferros.
A equipa do Funchal repôs a diferença de três golos com dois livres de sete metros (22-19), antes de o Benfica se apoiar na ponta direita, Duda Santos, autora de seis golos consecutivos ‘encarnados’, para repor o empate ao minuto 45 (23-23) e para nova perseguição a um adversário que ‘fugiu’ de novo no marcador, ‘coroada’ com o remate certeiro de Constança Sequeira para o 29-29 a 30 segundos do minuto 60.
O conjunto azul e amarelo abriu o prolongamento com dois golos e, apesar de dois livres de sete metros de Ana Silva terem valido nova igualdade ao Benfica (33-33), travou qualquer intenção de reviravolta nos instantes finais, graças aos dois remates certeiros, de longe, por Mitrovic.