O presidente do Governo da Madeira afirmou ontem que a Região, depois de ter feito “uma travessia no deserto”, está em crescimento económico, vai relançar o investimento público e vai aproveitar todos os fundos para apoiar o tecido empresarial.
“Tivemos um período de recuperação, entrámos num período de normalização, a confiança foi restabelecida e, neste momento, estamos num período de crescimento económico”, disse Miguel Albuquerque na cerimónia de registo de 4,4 milhões de pagamentos a varias empresas da Região, ao abrigo dos projetos dos vários sistemas de incentivos.
O chefe do executivo insular considerou que o governo e os empresários do arquipélago tiveram de “fazer uma travessia no deserto, um grande esforço para ultrapassar as dificuldades”, sublinhando que “as coisas estão a correr bem” e “todos os indicadores são de crescimento em todas as variáveis da economia” madeirense.
O responsável enunciou aumentos registados, entre janeiro e julho deste ano, nas licenças de construção (3,2%), vendas de cimento (12,3%), vendas de alojamentos familiares (21,7%), levantamentos multibanco (6,1%), dormidas na hotelaria (2,1%)), proveitos na hotelaria (8,1%), movimento nos portos (4,6%), consumo de combustíveis (4,1%) e a venda de automóveis (12,7%), em comparação com o ano anterior.
“Ou seja, estamos, neste momento, numa fase de crescimento e investimento económico privado da Região, que vai e está a ser acompanhado com o relançamento do investimento público em infraestruturas e com apoio substancial nas áreas sociais”, declarou.
Miguel Albuquerque sustentou que o desenvolvimento da Madeira “é assente nas empresas”, argumentando que “o crescimento económico não pode resultar apenas do esforço do Estado, porque isso cria disfuncionalidades”.
Por isso, reforçou “o alicerce decisivo são empresa saudáveis, competitivas, a trabalhar num mercado em crescimento”.
O líder madeirense apontou que o executivo da Região vai “continuar a apostar neste caminho de crescimento consolidado da economia”, mas sem “entrar em disfuncionalidades, nem em loucuras”, defendendo a necessidade de desburocratizar os processos de apoios a atribuir às empresas.
“Vamos continuar a utilizar de forma escrupulosa todos os fundos possíveis para apoiar o tecido empresarial”, concluiu.
Os 4,4 milhões de euros hoje atribuídos tiveram um universo de 73 projetos.
Em 2016 e 2017, o Governo da Madeira aprovou 1.863 projetos, o que representou 36 milhões de euros em investimento.
LUSA