O ex-embaixador da Venezuela na ONU Roy Chaderton sugeriu hoje que o país devia "aplicar a pena de morte para acabar com a corrupção".
Em declarações ao canal privado de televisão, Globovisión, Chaderton, que integra a delegação que representa o Governo venezuelano na mesa de diálogo com a oposição, admitiu que a corrupção se agravou e alastrou por todo o país.
"Por onde formos, encontramos sinais" de corrupção, sublinhou.
Chaderton reconheceu que "às vezes sonha" com a implementação da pena de morte para os corruptos, medida que devia vigorar durante pelo menos 50 anos, "tempo suficiente para acabar com essa cultura" negativa na Venezuela.
Por antever reações negativas de organizações de defesa dos direitos humanos em relação a estas declarações, o ex-embaixador sublinhou que "quando alguém pode ser levado a escolher entre a morte de uma (pessoa) miserável e a morte do país, é preferível salvar a nação".
As declarações de Roy Chaderton têm lugar depois de o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, ter anunciado a detenção de mais de 60 dirigentes da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA), entre eles o ex-presidente Rafael Ramírez, por alegada corrupção.
Segundo Chaderton, a investigação começou "tarde, mas não é tardia" e as autoridades devem "identificar os responsáveis pela drenagem dos recursos do país".
LUSA