O presidente do Governo da Madeira afirmou hoje que a atual situação económica e financeira da região permite encarar 2018 com “otimismo” e torna possível a “reposição de muitos direitos dos trabalhadores”.
“Portanto, temos uma situação que nos permite encarar o próximo ano, como aconteceu este ano já, com mais otimismo, mais confiança”, disse Miguel Albuquerque aos funcionários da Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), com quem tomou o pequeno-almoço para desejar um Bom Natal, no Funchal.
O governante madeirense realçou que a Madeira conseguiu ultrapassar a “situação de restrição política, económica e financeira” a que esteve sujeita devido ao programa de ajustamento, instituído na sequência da dívida pública avaliada em 6,3 milhões de euros e que vigorou entre 2012 e dezembro de 2016.
O chefe do executivo insular referiu que 1,2 milhões dessa dívida já foram amortizados, acrescentando que a Madeira hoje vive “uma situação completamente diferente” e está há 52 meses consecutivos “a crescer economicamente em todas as valências”.
“Portanto, temos uma situação de confiança instalada no mercado”, reforçou.
Porém, Miguel Albuquerque sublinhou que não há “margens para fazer loucuras nem disfuncionalidades”.
“Mas temos uma situação que nos permite de certa maneira repor muitos dos direitos dos trabalhadores, em particular desta empresa [EEM]”, disse.
O responsável assegurou aos funcionários que “tudo [salários, progressões nas carreiras] será reposto a partir de janeiro de 2018”.
“Já neste ano orçamental vamos voltar à situação que garante uma perspetiva otimista, de equilíbrio e de evolução nas vossas carreiras, remunerações e progressões”, complementou.
Mas, Miguel Albuquerque sublinhou: “Enquanto eu estiver no Governo Regional não vamos entrar novamente em derrapagens e loucuras”.
Segundo o social-democrata, “a situação vai ser conduzida com grande controlo nas finanças públicas, o que permite simultaneamente crescer economicamente e fazer a redistribuição dos rendimentos”.
Miguel Albuquerque também salientou que a EEM é uma “empresa que é uma referência a nível nacional e europeu”, devido ao trabalho que está a fazer “ao nível das energias renováveis, que é único ao nível do país”.
Está a ser feito um investimento no Paúl da Serra (Calheta) para “atingir os 40% de energias renováveis no abastecimento da eletricidade”.
“Depois, com um conjunto de valências que até 2020 serão aperfeiçoadas, vamos conseguir os 50%, o que é um feito extraordinário e resulta da capacidade de trabalho, da competência e da evolução técnica que esta empresa, enquanto um todo, tem conseguido alcançar”, salientou, falando do “grande orgulho” que tem na EEM.
LUSA