Em vídeos difundidos por vários meios de comunicação finlandeses, os ativistas podem ser vistos sentados no chão com faixas onde se podem ler frases como “Boicote a Eurovisão” ou “Parem o genocídio”.
Os manifestantes afirmam que Israel está a usar a Eurovisão como plataforma para branquear a sua imagem com a participação da cantora Eden Golan.
“Yle deveria defender os seus valores também hoje e não de uma forma contraditória e hipócrita apenas em certos contextos específicos. Nada justifica a participação da Yle na Eurovisão se Israel participar”, afirmaram os ativistas em comunicado.
Está prevista para hoje à tarde em Malmö (Suécia), onde se realiza a final do festival, uma manifestação de protesto contra a participação de Israel na Eurovisão e pelo fim da guerra em Gaza.
Em janeiro, um grupo de músicos finlandeses pediu à Yle que pressionasse a União Europeia de Radiodifusão (EBU) para excluir Israel da competição devido à situação em Gaza.
A final do 68.º Festival Eurovisão da Canção é disputada hoje em Malmö,com 26 países em competição: Suécia, Ucrânia, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Israel, Lituânia, Espanha, Estónia, Irlanda, Letónia, Grécia, Reino Unido, Noruega, Itália, Sérvia, Finlândia, Portugal, Arménia, Chipre, Suíça, Eslovénia, Croácia, Geórgia, França e Áustria.
Esta edição do Festival Eurovisão da Canção está a ficar marcada pelo conflito israelo-palestiniano, que dura há décadas, mas intensificou-se após um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel, em 07 de outubro, que causou quase 1.200 mortos, com o país liderado por Benjamin Netanyahu a responder com uma ofensiva que provocou mais de 34 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo balanços das duas partes.
Desde que se soube que Israel iria participar no concurso, representado por Eden Golan, vários apelos foram feitos por representantes políticos e artistas europeus à EBU para que a participação do país no concurso fosse vetada.