“1.º de Maio, aumentar salários e pensões, garantir direitos” e “Combater a exploração, Abril por um Portugal com futuro”, são os lemas que encabeçam uma marcha que o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, quer que seja uma demonstração dos trabalhadores que de os valores de Abril estão bem presentes como há 50 anos.
Em declarações aos jornalistas, Tiago Oliveira, lembrou a manifestação da semana passada em Lisboa para assinalar os 50 anos da “grande conquista do 25 de abril, que o 1.º de Maio confirmou”.
Por isso, disse esperar também para hoje “um grande 1.ºde maio”, também justificado pela “perspetiva de baixos salários” que contém o programa do novo governo da Aliança Democrática (AD)
“Com o governo a dificultar a vida aos trabalhadores”, este vão demonstrar, com esta manifestação, que é possível uma vida melhor, acrescentou.
O Dia do Trabalhador é hoje comemorado em todo o país, com as centrais sindicais CGTP e UGT a promoverem manifestações e iniciativas pela valorização dos trabalhadores.
O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 137 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.
Há 50 anos, em Portugal, a celebração do 1.º de Maio, apenas uma semana após a revolução do 25 de abril, foi uma grande manifestação popular.
Por todo o país, centenas de milhares de pessoas saíram à rua mostrando a sua alegria e com exigências como ‘direito à greve’, ‘fim da guerra já’ ou ‘regresso dos soldados’, segundo as fotografias da época.
Em Lisboa, estima-se que tenham estado 500 mil pessoas na manifestação do Dia do Trabalhador de 1974.
Lusa